Na última sessão, o dólar à vista fechou praticamente estável, com uma leve queda de 0,16%, cotado a R$ 5,718 tanto na compra quanto na venda. Durante o dia, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 5,65, mas recuperou parte das perdas com a valorização do dólar em relação a outras moedas no mercado internacional. A melhora no apetite por risco foi impulsionada pela redução das críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, e pela expectativa de um alívio nas tensões comerciais entre os EUA e a China. Trump anunciou que não pretende demitir Powell e que poderia cortar tarifas sobre produtos chineses. Em contrapartida, o Ministério do Comércio da China expressou interesse em discutir a disputa tarifária, mas enfatizou que não aceitaria pressões externas.
Os traders continuam vigilantes, pois o cenário permanece suscetível às declarações de líderes globais. A variação do dólar ao longo do dia demonstra a influência de fatores externos, especialmente as negociações entre os EUA e a China e as decisões do Federal Reserve. Os operadores devem estar atentos a novos desdobramentos nas relações comerciais e à política monetária global, ajustando suas estratégias em um ambiente dinâmico e frequentemente volátil.
Os contratos futuros de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, marcaram a quarta sessão consecutiva de queda, encerrando o último pregão com uma desvalorização de 0,36%, com fechamento a 5.710 pontos.
Análise do gráfico de 15 minutos
A sequência de quedas do minidólar o afastou das médias móveis de 9 e 21 períodos no gráfico de 15 minutos, evidenciando a pressão vendedora predominante. Um suporte importante foi estabelecido entre 5.709 e 5.690 pontos. Se esse patamar for rompido com volume significativo, a próxima região de suporte está entre 5.670 e 5.654 pontos, com o alvo de longo prazo projetado em 5.641 e 5.622 pontos.
Para mudar a tendência, o ativo precisará romper a resistência na faixa de 5.717 e 5.728,5 pontos. Um rompimento bem-sucedido poderia direcionar os alvos a 5.741 e 5.753, seguido de 5.772 e 5.787 pontos.
No gráfico diário, a última sessão produziu um candle do tipo spinning top, indicando uma tensão entre compradores e vendedores, após dias de queda. Apesar disso, o fechamento permaneceu abaixo das médias móveis, denotando uma distância considerável.
Se o minidólar perder a mínima da sessão anterior, a queda pode acelerar até 5.664 pontos, com um alvo inicial projetado em 5.619,5 pontos. O índice de força relativa (IFR) está em 41,32, ainda numa região neutra, sugerindo possibilidade de continuidade na pressão vendedora.
Por outro lado, um fluxo comprador deverá ser impulsionado pelo rompimento da resistência em 5.735 pontos. Superando esse nível, o novo alvo será a resistência em 5.810 pontos.
Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
Na análise do gráfico de 60 minutos, o cenário técnico reforça o viés de baixa. O minidólar opera abaixo das médias móveis de 9, 21 e 200 períodos, fortalecendo a tendência negativa. Para aprofundar essa tendência, o suporte entre 5.710 e 5.664 pontos deve ser rompido.
Com o rompimento deste suporte, a pressão vendedora pode ser acentuada, buscando as regiões de suporte em 5.641 e 5.622 pontos, com um alvo mais profundo em 5.600 e 5.584 pontos.
Inversamente, uma reversão somente será possível com o rompimento da resistência na faixa de 5.716 a 5.732 pontos. Se essa resistência for superada, o próximo alvo técnico será de 5.753 a 5.787 pontos. Um aumento no volume comprador poderá levar os preços a buscar 5.810 e até 5.820 pontos.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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