A Polícia Civil de São Paulo realiza nesta terça-feira (30) a operação Ano Novo, Vida Nova, voltada ao cumprimento de mandados de prisão relacionados a crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. A ação ocorre em todo o estado e é coordenada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), em parceria com a Secretaria de Políticas para a Mulher.
Segundo a SSP-SP, as prisões tiveram início na segunda-feira (29), quando 225 mandados já haviam sido cumpridos. Para a operação, foram mobilizados cerca de 1,7 mil policiais civis e mais de mil viaturas, distribuídas por todas as regiões do território paulista.
A iniciativa envolve diretamente as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs), além de todos os Departamentos de Polícia Judiciária do Interior e das seccionais do Departamento de Polícia Judiciária da Capital. De acordo com a delegada Cristiane Braga, coordenadora das DDMs, a operação busca reforçar o enfrentamento à violência doméstica. “É uma resposta aos agressores que imaginavam que poderiam permanecer na impunidade”, afirmou.
O secretário da Segurança Pública do estado, Osvaldo Nico Gonçalves, destacou que a prisão de agressores é uma medida essencial para a proteção das vítimas. Segundo ele, a ação demonstra a atuação coordenada do Estado no combate à violência doméstica. A secretária de Políticas para a Mulher, Adriana Liporoni, ressaltou que a operação tem caráter preventivo e visa reduzir o risco de crimes mais graves.
A mobilização ocorre em um contexto de aumento dos casos de feminicídio na capital paulista. Em 2025, São Paulo registrou o maior número de ocorrências desde o início da série histórica, em abril de 2015. O feminicídio é caracterizado pelo homicídio de mulheres em razão do gênero, geralmente associado à violência doméstica, discriminação ou menosprezo à condição feminina. No Brasil, o crime é classificado como hediondo, com penas que variam de 12 a 30 anos de reclusão.
Entre os casos recentes de grande repercussão está o de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que morreu após ser atropelada e arrastada por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, no fim de novembro. A vítima chegou a ser socorrida e passou por cirurgias, mas morreu em 24 de dezembro, deixando dois filhos. O suspeito, Douglas Alves da Silva, foi preso após investigações da Polícia Civil e responde pelo crime, classificado pela polícia como tentativa de feminicídio à época dos fatos.
Com informação agência Brasil.






















