Redução do compulsório libera mais recursos para o crédito
O anúncio de um novo modelo de empréstimos para a compra da casa própria trouxe otimismo para o mercado imobiliário e para milhares de brasileiros que buscam sair do aluguel.
A principal mudança está na redução do depósito compulsório — parcela dos recursos que os bancos precisam manter retida no Banco Central do Brasil — de 20% para 15%.
Embora a diferença pareça pequena, ela representa um volume significativo, já que o país possui mais de R$ 1 trilhão em depósitos na poupança.
Esses 5% liberados representam bilhões de reais que poderão ser direcionados ao crédito habitacional, ampliando a oferta e potencialmente tornando as condições de financiamento mais acessíveis.
Mercado imobiliário ganha novo fôlego
Na prática, a medida injeta dinheiro novo na economia real, fortalecendo toda a cadeia imobiliária — de incorporadoras e construtoras a corretores e compradores.
Mesmo com as taxas de juros ainda elevadas, o aumento da liquidez pode contribuir para equilibrar o mercado e impulsionar novas operações de crédito.
Teto do SFH é ampliado
Outro ponto relevante é a elevação do teto do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões.
A atualização acompanha a valorização dos imóveis nos últimos anos e amplia o número de compradores que podem acessar as condições especiais do sistema, como taxas mais competitivas e regras de financiamento mais claras.
Em regiões onde o valor médio dos imóveis é mais alto, como no Distrito Federal, a medida tem impacto ainda mais significativo, permitindo que mais famílias tenham acesso a linhas de crédito habitacional.
Poupança ganha novo papel na economia
Mesmo com juros elevados, a poupança segue sendo uma aplicação relevante para milhões de pequenos investidores. Com a redução do compulsório, parte desses recursos poderá ser transformada em crédito produtivo, contribuindo para a geração de empregos e movimentação da economia.
Confiança como combustível do setor
Especialistas avaliam que as mudanças representam um passo importante para estimular o crédito habitacional. Apesar dos desafios macroeconômicos, a injeção de recursos e o aumento do teto do SFH indicam confiança no setor.
Esse sentimento é considerado fundamental para impulsionar o mercado imobiliário, que depende de previsibilidade e liquidez para crescer de forma sustentável.