No cenário corporativo atual, a saúde mental ganha destaque como um dos principais pilares de sustentabilidade organizacional. A demanda crescente por iniciativas de bem-estar e as novas exigências regulatórias, como a atualização da norma NR1, reforçam a necessidade de integrar a saúde mental ao planejamento estratégico de Recursos Humanos (RH) em 2025.
Pesquisas recentes mostram que as empresas ainda enfrentam desafios significativos. Segundo a Kenoby, 93% dos profissionais de RH em organizações com até 500 colaboradores relataram que a saúde mental não é tratada com a devida prioridade. Ao mesmo tempo, 92% dos brasileiros, conforme a Global Learner Survey, afirmam preferir trabalhar em empresas que ofereçam programas voltados à saúde mental.
“A saúde mental deixou de ser um tema periférico para se tornar central na estratégia de negócios. As empresas precisam investir em diagnósticos organizacionais e metodologias que mapeiem riscos psicossociais de forma contínua”, destaca Aline Silva, psicóloga e head de gestão clínica da Telavita, plataforma digital especializada em saúde emocional.
Impacto da Norma NR1 e Certificações
A norma NR1, revisada recentemente, agora inclui o gerenciamento de riscos psicossociais como uma obrigatoriedade. Isso exige que empresas realizem avaliações detalhadas de fatores que possam impactar a saúde mental no ambiente de trabalho. Nesse contexto, certificações como a ISO 45003, focada na gestão da saúde psicológica, oferecem modelos eficientes para empresas que desejam alinhar seus processos às melhores práticas globais.
“A adequação às normas exige não apenas cumprimento legal, mas uma mudança cultural que priorize o bem-estar. Em um ambiente corporativo em constante transformação, o planejamento de 2025 apresenta uma oportunidade ímpar para que empresas alinhem seus objetivos organizacionais às demandas por saúde mental”, reforça Aline.
Tecnologia e Estratégias de Investimento
Com o avanço tecnológico, ferramentas digitais, como aplicativos de apoio psicológico e plataformas baseadas em inteligência artificial, tornam o monitoramento da saúde mental mais acessível e personalizado. Soluções como a Telavita permitem que as empresas criem um ambiente preventivo, utilizando dados para prever e mitigar riscos emocionais entre os colaboradores. A plataforma ajuda empresas a integrar iniciativas de saúde mental ao cotidiano organizacional e compreender a saúde emocional dos colaboradores.
O orçamento para saúde mental deve ser encarado como investimento estratégico. A cada R$ 1 aplicado nessa área pode gerar um retorno de até R$ 3,68, de acordo com estudos da Harvard Business Review. Esse retorno é alcançado por meio de redução no absenteísmo, maior engajamento e aumento da produtividade.
“Investir em saúde mental é investir na sustentabilidade do negócio. As empresas que priorizam o bem-estar emocional de suas equipes têm melhores índices de retenção de talentos, menor rotatividade e, consequentemente, maior competitividade no mercado”, conclui Aline.