No geral, a Bolsa fechou fevereiro com queda de 2,64%, influenciada por juros futuros e tensões externas.
O mês de fevereiro foi desafiador para o mercado financeiro brasileiro. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores e São Paulo (B3), registrou uma queda de 2,64%, impactado pela alta dos juros futuros e pelas incertezas no cenário internacional.
Apesar disso, algumas ações se destacaram positivamente, enquanto outras enfrentaram fortes desvalorizações. Para se preparar para o mercado em março, é fundamental entender as principais movimentos do índice no período passado.
As ações que mais se valorizaram
Mesmo em um cenário de baixa, algumas empresas tiveram desempenho positivo e conseguiram registrar ganhos significativos. Entre os destaques do mês, três ações subiram mais de 10%:
- Carrefour Brasil (CRFB3): o papel avançou 17,12%, impulsionado pela proposta de deslistagem da companhia, que trouxe otimismo ao mercado;
- Embraer (EMBR3): a fabricante de aeronaves valorizou 16,28% após um pedido recorde de jatos executivos e um balanço financeiro forte;
- Ambev (ABEV3): com um crescimento de 10,09%, a empresa se beneficiou da melhora nos resultados e boas estratégias de precificação.
Outras poucas ações tiveram alta superior a 5%, consolidando-se como pontos positivos do Ibovespa no mês.
As quedas mais expressivas
Por outro lado, algumas empresas enfrentaram um mês turbulento, com perdas expressivas. Nesse “bolo”, cinco ações recuaram mais de 20%:
- Azzas 2154 (AZZA3): teve o pior desempenho do índice, impactada por questões financeiras internas;
- Vamos (VAMO3): sofreu com a deterioração do setor de locação de veículos;
- Braskem (BRKM5): enfrentou problemas relacionados a processos ambientais e incertezas regulatórias;
- Vivara (VIVA3): sentiu o impacto da redução do consumo no varejo de luxo;
- MRV&Co (MRVE3): foi pressionada pela alta dos juros, que afeta diretamente o setor imobiliário.
Fatores que influenciaram o mercado
Além do cenário econômico nacional, fatores externos também pesaram sobre o Ibovespa em fevereiro. O aumento dos juros futuros no Brasil trouxe preocupação sobre a inflação, afetando a confiança dos investidores.
Em paralelo, as tensões geopolíticas, especialmente o encontro tenso entre os presidentes da Ucrânia e dos EUA, trouxeram volatilidade para os mercados globais.
A verdade é que o mercado atual está sensível às incertezas. Para os investidores, o momento exige cautela e análise criteriosa das oportunidades e riscos antes de tomar decisões sobre investimentos.
* Com informações do InfoMoney