Como organizar as finanças em um momento de tanta incerteza como este?
Esta é uma pergunta que tem passeado na cabeça de centenas de brasileiros, já que, com a pandemia do Covid-19, a economia, em todos setores, está sendo afetada drasticamente.
As bolsas de valores sofreram as piores quedas desde a crise financeira de 2008.
Em meio ao caótico cenário que é apresentado, é muito importante manter a atenção para não ficar no vermelho e, por consequência, se tornar inadimplente.
De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência teve elevação de 9,6% em janeiro de 2020 para 9,7% em fevereiro.
No mesmo período do ano anterior, essa fatia registrava 9,2%.
O levantamento considera como dívidas as contas a pagar em cheque pré-datado, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro e cartão de crédito.
De acordo com o CEO da QuiteJá , plataforma digital de renegociação de dívidas, essa última modalidade continua sendo a principal vilã, seguido por contas em carnês e financiamento de veículos.
“Essa modalidade de compra passa a ser o céu e inferno na vida do consumidor. Se não for usado com inteligência, vira uma bola de neve de dívidas.”declarou.
“É fundamental analisar quanto fica uma compra realizada no cartão, os juros, prazos de vencimento, perante a chance de pagar à vista”. Complementou o CEO da Quite Já.
Para ele, é melhor fazer uma economia de recursos para tentar efetuar a compra pagando na hora.
“Se não tiver jeito, negociar uma entrada do valor para abater o restante dentro do seu orçamento, evitando assim ficar no vermelho nesse cenário em que vivemos, é o melhor a se fazer”, concluiu.
Neste momento de incertezas e de uma possível recessão global, podem surgir inúmeras dúvidas sobre como lidar com as suas finanças.
A insegurança é ainda maior para aqueles que têm empregos informais.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 40% da força de trabalho no Brasil se encaixam nessa situação.
Carlos Terceiro, CEO e fundador do Mobills , aplicativo completo para gestão de finanças pessoais, reforça a importância de cuidar das finanças neste momento.
“A crise vai afetar o bolso de todos nós. Mas, tomando algumas medidas e criando um bom planejamento financeiro, será possível passar por essa fase”. Reforçou.
“O primeiro passo para se organizar é analisar o orçamento e definir quais gastos podem ser reduzidos”. Afirmou Carlos Terceiro.
Para terminar esse período com as contas no azul, Carlos Terceiro dá dicas para colocar em prática o quanto antes:
7 Dicas de como organizar as finanças em tempos de crise
1 – Categorize suas despesas em fixas e variáveis
As despesas fixas são aquelas que independem do seu nível de consumo, como o aluguel, taxa de condomínio e internet, por exemplo.
Na hora de planejar esses gastos é necessário levar em consideração o valor que eles vão representar no orçamento do mês.
Para os variáveis, o ideal é estipular um teto máximo para os gastos.
Entende-se como gasto extra todos que não ocorrem em todo mês e que podem apresentar grande variação de valor.
Neste período, por exemplo, quem está trabalhando de forma remota não terá gastos com transporte, mas provavelmente irá aumentar as despesas fixas com água e energia passando mais tempo dentro de casa.
2- Limite seu orçamento
Estabelecer cotas mensais fixas reduz as chances de desperdício.
As áreas da saúde, moradia e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas.
Com isso, separar uma quantia fixa para usar com os extras evita o consumo exagerado com itens desnecessários.
3 – Compare os preços
Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia.
Os valores podem variar das lojas físicas, onlines às multimarcas.
Ficar atento aos cupons de desconto pode ser interessante – um grande número de sites de compras, de quase todos os segmentos, oferecem voucher de descontos.
Neste momento em que estamos em casa é indicado optar pelos e-commerces que estão oferecendo frete grátis e percentuais de desconto.
Bem como, utilizar ferramentas de cashback, como o Méliuz que devolve ao consumidor parte do dinheiro gasto em uma lista de lojas parceiras.
4 – Corte gastos
Neste momento de crise, a verificação de possíveis cortes é uma iniciativa necessária, para evitar situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos.
Atividades de lazer e entretenimento de alto custo, podem ser substituídas por opções mais baratas e até mesmo gratuitas.
Para entreter as pessoas em casa alguns serviços de TV por assinatura liberaram mais canais além dos planos pagos normalmente e alguns museus possibilitaram o tour online e gratuito.
5 – Poupe o que for possível
Guardar mensalmente uma parcela da renda total, traz grandes benefícios, principalmente a longo prazo.
A construção de uma poupança gera uma segurança maior dentro do planejamento financeiro.
Uma maneira para estimular essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento que proporcione rendimentos.
6 – Comece uma reserva para emergências
Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial ter uma quantia guardada para situações extremas, como a que vivemos no momento.
A reserva de emergência pode variar dependendo de cada pessoa, porém normalmente ela representa seis vezes o valor do custo fixo mensal, é essencial para alcançar a tranquilidade financeira ter essa reserva.
7 – Tome cuidado com o cartão de crédito
Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos, pode comprometer o orçamento dos meses seguintes.
O pesadelo começa no momento em que a fatura chega à residência ou e-mail.
Para evitar maiores problemas com juros, o limite do cartão de crédito deve ser, no máximo, 50% da receita líquida, ou seja, da sua renda após todos os descontos após todos os descontos.
A maioria dos cartões de crédito contam com programas de recompensa e vantagens. Um bom exemplo é o programa de milhas.
Quando você compra com determinados cartões, acumula pontos que podem, posteriormente, serem trocados por milhas e passagens aéreas.
Outro cartões oferecem cashback nas compras, como o Cartão Méliuz, que devolve até 0,8% do valor de todas as compras.
Além disso, os consumidores também recebem 1% de cashback extra em compras feitas com o cartão nas lojas online parceiras, iniciadas pelo site ou app do Méliuz.
Vale destacar que o cartão de crédito Méliuz também não possui anuidade.