O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (27) um dos pacotes mais duros de sua política migratória desde o início de seu segundo mandato. Em discurso oficial, Trump declarou que os EUA irão suspender permanentemente a imigração de todos os países classificados por ele como “Terceiro Mundo”, como parte de um esforço para, segundo o governo, “restaurar a segurança nacional”. A informação foi publicada no perfil oficial da Casa Branca.
O anúncio ocorre após o ataque que deixou uma soldada da Guarda Nacional morta e outro militar gravemente ferido em Washington D.C., envolvendo um cidadão afegão que havia entrado no país como refugiado. O episódio foi usado como catalisador político para fortalecer a justificativa das novas medidas. Em sua declaração, Trump afirmou: “Suspenderei permanentemente a imigração de todos os países do Terceiro Mundo para permitir que o sistema americano se recupere totalmente.”
Além da suspensão de novos processos de imigração, o governo determinou uma revisão rigorosa de todos os green cards emitidos a cidadãos de 19 países classificados como “países de preocupação”, incluindo Afeganistão, Irã, Somália, Cuba, Iêmen e Venezuela, entre outros. Segundo o New York Post, os residentes permanentes poderão passar por reavaliações de segurança, histórico e situação socioeconômica, podendo até perder o status migratório caso não se enquadrem nos novos critérios.
O pacote inclui ainda o fim de benefícios federais, subsídios e ajudas públicas a não-cidadãos. De acordo com a CNN Brasil, os imigrantes que forem considerados “encargos públicos”, “não ativos líquidos” ou “incompatíveis com a civilização ocidental”, segundo os termos utilizados no discurso de Trump, podem entrar em listas de deportação prioritária. Organizações de direitos civis criticaram a linguagem adotada, afirmando que ela abre espaço para discriminação por nacionalidade e vulnerabilidade social.
O anúncio gerou reações imediatas de grupos de direitos humanos, acadêmicos e organizações de imigração. Entidades afirmam que uma “pausa permanente” na imigração e a revisão em massa de green cards podem afetar milhões de pessoas que vivem legalmente nos Estados Unidos há anos, incluindo trabalhadores essenciais, estudantes, profissionais de Tecnologia, refugiados e famílias mistas. Especialistas também alertam para tensões diplomáticas com países afetados e possíveis contestações jurídicas.
Apesar das críticas, a Casa Branca afirma que as medidas são necessárias para “garantir a segurança nacional” e “reconstruir a integridade do sistema migratório”. O governo ainda não divulgou a lista oficial dos países incluídos na definição de “Terceiro Mundo”, nem detalhes sobre os critérios que serão utilizados na reavaliação dos green cards.
O Capital Econômico seguirá acompanhando o desenrolar da nova política migratória, eventuais impactos para imigrantes já residentes nos Estados Unidos e possíveis desdobramentos diplomáticos.






















