Grande perigo da internet, o crime virtual abrange toda e qualquer atividade ilegal realizada com o uso da tecnologia. Saber o que é crime virtual e como evitá-lo é essencial para fugir desse perigo que assombra qualquer pessoa que use esse tipo de tecnologia.
Os cibercriminosos, que variam de indivíduos desonestos a grupos do crime organizado a facções patrocinadas pelo estado, usam técnicas como phishing. Além disso, também usam a engenharia social e todos os tipos de malware para realizar seus planos nefastos.
O que é crime virtual?
Antes de qualquer coisa, tenha em mente que o crime virtual é incrivelmente organizado e profissionalizado.
Os cibercriminosos compram e vendem malware online (geralmente na dark web) enquanto negociam serviços que testam a robustez de um vírus. Geralmente, têm painéis de inteligência de negócios para rastrear a implantação de malware e suporte técnico, ou seja, os criminosos podem entrar em contato com uma linha de apoio criminal para solucionar problemas de seu servidor ilegal ou outros atos ilícitos!
A profissionalização e proliferação de crimes virtuais incorrem em danos incontáveis todos os anos, impactando indivíduos, empresas e até governos. Especialistas estimam que os danos do crime virtual atingirão US$6 trilhões por ano até 2021, tornando-o uma das atividades criminosas mais lucrativas.
À medida que a Internet das Coisas (IoT) evolui e os dispositivos inteligentes se tornam mais populares, os cibercriminosos certamente se beneficiam. Isso influencia em uma superfície de ataque muito mais ampla, maiores oportunidades de burlar as medidas de segurança, obter acesso não autorizado e cometer crimes.
Decerto, sempre há mais de uma maneira de resolver problemas e certamente existem várias maneiras de ganhar dinheiro com crime virtual.
Exemplos de crime virtual
Os cibercriminosos variam de indivíduos a organizações criminosas e podem até ser patrocinados por governos. Assim como tipos de criminosos, há vários tipos de crimes e métodos que eles usam para violar a lei.
De fato, há uma quantidade impressionante de cibercriminosos ativos todos os dias. Além disso, não é mais necessário ter conhecimentos específicos para se tornar um cibercriminoso.
Aqui estão alguns bons exemplos de crimes virtuais dos quais é preciso se proteger. De malwares a roubo de identidade, há muitos tipos de crimes cibernéticos.
Malware
Os vírus de computador deram origem ao crime virtual e são provavelmente o primeiro tipo que você conheceu. Eles infectam os sistemas de computadores, destroem arquivos, mexem com a funcionalidade geral, se auto replicam e passam para outros dispositivos e sistemas.
Na verdade, os vírus são uma forma de malware, que abrange todos os tipos de software maligno: qualquer código ou programa escrito e distribuído para causar danos, roubar dados, ganhar dinheiro para o proprietário e geralmente estragar seu dia. Isso inclui ransomware, que pode bloquear seus arquivos até que você pague um resgate para descriptografá-los, e adware, que gera spam com anúncios.
Roubo de identidade e outras fraudes
Embora o roubo de identidade não seja exclusivamente um crime virtual, atualmente é muito mais provável que ele ocorra, devido ao uso de tecnologia. De fato, atualmente nos EUA, uma fraude de identidade acontece a cada dois segundos.
Se um hacker quiser cometer roubo de identidade ou fraude no cartão de crédito, primeiro precisará acessar o suficiente dos dados pessoais de sua vítima para sustentar o crime. Veja algumas maneiras de eles terem esse acesso:
- Phishing: Os cibercriminosos usam uma “isca” na forma de mensagens fraudulentas para atrair as vítimas a sites falsos, onde, sem saber, inserem informações pessoais como nomes de usuário, senhas ou dados bancários.
- Pharming: Mais sofisticado que o phishing, o pharming usa malware para redirecionar os internautas desavisados para versões falsas de sites, onde eles, sem saber, inserem seus dados pessoais.
- Keylogging: Esse tipo de malware (ou, mais especificamente, spyware) registra secretamente tudo o que você digita, capturando as informações da sua conta e outros detalhes pessoais.
- Sniffing: Se você estiver conectado a uma rede Wi-Fi pública não segura e não criptografada, os hackers podem roubar seus dados “farejando” seu tráfego da internet com ferramentas especiais (a menos que você tenha uma VPN, é claro).
Embora os hackers consigam roubar dados pessoais de vários jeitos, também existem algumas boas práticas para impedir o roubo de identidade. Evite acessar suas contas pessoais (especialmente serviços bancários online) em Wi-Fi público e considere a possibilidade de configurar um serviço de monitoramento para garantir que suas contas online não sejam violadas.
Bullying virtual
O bullying virtual refere-se a todos os tipos de assédio online, incluindo perseguição, assédio sexual, doxing (expor as informações pessoais de alguém, como endereço físico, online sem o consentimento deles) e fraping (invadir a rede social de alguém e fazer postagens falsas em seu nome).
Cryptojacking
O criptojacking é quando os hackers invadem o seu dispositivo e o usam para minerar criptomoedas sem o seu conhecimento ou consentimento. Os criptominers fazem isso usando JavaScript para infectar seu dispositivo depois de visitar um site infectado. Para você, isso pode causar problemas de desempenho e contas de luz altas. Para os cryptojackers gera grandes lucros.
Extorsão virtual
Extorsão virtual é exatamente o que parece, uma versão digital do pesadelo de extorsão. Uma das formas mais comuns é o ransomware, quando hackers infectam seu computador com malware que criptografa todos os seus arquivos até você pagar um resgate para desbloqueá-los. A extorsão virtual também pode se referir à chantagem de vítimas usando informações pessoais, fotos e vídeos. Ou ameaçar empresas usando métodos como usar botnets para executar ataques de DDoS.
Espionagem virtual
Atualmente, muitos cibercriminosos são, na verdade, grupos patrocinados pelos estados. Seja a Coreia do Norte, o Irã ou até o próprio Equation Group dos EUA, afiliado à NSA, as potências mundiais usam grupos de hackers como uma arma na complicada matriz da política global.
Roubar informações confidenciais e usar malware para atacar usinas nucleares são apenas duas maneiras pelas quais grupos patrocinados pelo estado podem fazer coisas assustadoras no cenário mundial.
Independentemente do tipo de crime virtual, você pode se proteger melhor instalando um programa antivírus forte como o Avast Free Antivirus. O Avast bloqueará links maliciosos, sites suspeitos, downloads prejudiciais e várias outras ameaças. Os cibercriminosos não gostam de investir muito esforço.
Se não conseguirem acessar seu computador ou dados pessoais, é provável que passem para a próxima vítima (mais fácil). Portanto, com uma forte camada de defesa você pode impedir os cibercriminosos.
Como surgiu o crime virtual?
Decerto, os especialistas consideram que uma fraude de 1834 foi o primeiro crime virtual da história. Dois ladrões conseguiram se infiltrar no sistema francês de telégrafo e obter acesso aos mercados financeiros, cometendo roubo de dados.
Em outros crimes virtuais, iniciados no final de 1800 e na primeira metade do século XX, os hackers se concentraram nos sistemas telefônicos. Apenas dois anos após a invenção do telefone, uns adolescentes invadiram a companhia telefônica de Alexander Graham Bell e causaram danos direcionando mal as ligações.
Fraudes por telefone, ou phreaking, se tornaram populares mais tarde, nas décadas de 1960 a 1980. Em 1940, apareceu o primeiro hacker ético: O especialista em informática francês Rene Carmille invadiu o registro de dados nazista para impedir suas tentativas de registrar e rastrear judeus.
Na década de 1980, a popularização do e-mail trouxe consigo golpes de phishing e malware distribuídos pelos anexos. Na década de 1990, os navegadores se tornaram comuns, juntamente com os vírus de computador.
A adoção ampla das redes sociais na década de 2000 apenas aumentou o crime virtual e especialmente o roubo de dados, devido à natureza dessas plataformas. Nos últimos dez anos, as infecções por malware e o roubo de dados aumentaram dramaticamente e não mostram sinais de desaceleração tão cedo.
Com a proliferação da Internet das Coisas, os cibercriminosos têm muitas novas maneiras criativas de atacar. À medida que cada vez mais objetos comuns, como geladeiras, máquinas de lavar, sistemas de aquecimento, lâmpadas e muito mais, ficam online, abrem-se novas vulnerabilidades e oportunidades para os cibercriminosos.
Os hackers já descobriram como se infiltrar em um cassino por meio de seu aquário inteligente e implantar ransomware usando uma cafeteira. O escopo completo do crime virtual na era da IoT ainda não é conhecido, mas é certamente algo a ser considerado.
Como saber se fui vítima de crime virtual?
Embora, às vezes, seja difícil reconhecer se você foi vítima de um crime virtual, alguns crimes deixam sinais claros:
- Infecção por malware: Seu computador pode começar a funcionar lentamente e enviar várias mensagens de erro.
- Ataque de phishing ou pharming: Você encontrará cobranças suspeitas no cartão de crédito, ou em outras contas comprometidas.
- Keylogger: Você pode ver ícones estranhos ou aparecer texto duplicado em suas mensagens.
- Botnet: Pode ser difícil detectar se o seu computador se envolver em uma botnet.
- Cryptojacking: Você verá um aumento nas contas de luz.
Em termos gerais, pioras repentinas no desempenho ou comportamento estranho do seu PC, tablet ou celular indicam um possível crime cibernético. Além disso, também dá para usar uma ferramenta de monitoramento de identidade como o Avast BreachGuard, que pesquisa violações de dados e invasões para enviar alertas quando as suas informações pessoais estiverem em risco.
Como prevenir o crime virtual
A melhor maneira de se proteger contra o crime virtual é ter bons hábitos digitais. Então, aqui estão alguns hábitos de navegação sensatos que ajudarão você a se defender:
- Desconfie de e-mails inesperados com links ou anexos suspeitos.
- Não baixe nada de fontes desconhecidas.
- Verifique se você está em um site legítimo antes de digitar qualquer informação pessoal.
- Sempre aplique atualizações de software imediatamente (elas corrigem vulnerabilidades de segurança).
- Não entre em redes Wi-Fi públicas desprotegidas (cafeterias, aeroportos, etc.) sem uma VPN no seu notebook Windows ou VPN no seu Mac.
- Use senhas fortes e exclusivas e não reutilize a mesma senha em várias contas.
- Use a autenticação de dois fatores sempre que possível.
- Aumente a segurança do seu roteador para proteger sua rede doméstica.