O Índice de Confiança Empresarial (ICE) do FGV IBRE caiu 2,5 pontos em setembro, para 99,9 pontos, interrompendo a sequência de altas iniciada em abril de 2021. Em médias móveis trimestrais o indicador manteve tendência de alta ao subir 0,4 ponto.
“Apesar de ser a primeira queda desde março deste ano, a evolução da confiança empresarial em setembro preocupa em função da piora das expectativas, que deixam de ser otimistas e passam a neutras. O quadro de crescimento econômico moderado se mantém neste final de terceiro trimestre mas surgem no radar empresarial os riscos de uma crise energética, uma possível desaceleração da economia chinesa e o impacto da alta gradual dos juros no consumo interno”, avalia Aloisio Campelo Jr., Superintendente de Estatísticas do FGV IBRE.
A queda da confiança dos empresários foi motivada tanto pela piora da avaliação sobre a situação corrente quanto das expectativas paras os próximos meses. O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) caiu 1,2 ponto, para 99,3 pontos e o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3,8 pontos, para 99,9 pontos.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Entre os setores que integram o ICE, apenas a confiança da Construção não recuou em setembro, com uma variação de +0,1 ponto. A confiança do Comércio registrou a maior queda entre os setores, seguido por Serviços e Indústria. Em todos os segmentos, os movimentos da confiança foram determinados principalmente pela piora das expectativas em relação aos próximos meses.
Difusão da Confiança
A confiança empresarial subiu em 33% dos 49 segmentos integrantes do ICE em setembro, um recuo da disseminação frente aos 53% do mês passado. O destaque do mês é o Comércio, que não registrou alta da confiança em nenhum dos segmentos.