“Janeiro deste ano deu o maior valor de exportação de todos os tempos e, portanto, a forte tendência continua a partir de 2021. Apesar dos desafios com a pandemia, os preços de muitos de nossos produtos aumentaram. Também foi um recorde de janeiro em valor e volume para o salmão”, diz Renate Larsen, CEO do Conselho Norueguês da Pesca.
Nesse período, o volume total de frutos do mar exportados caiu 17%, em comparação com o mesmo mês de 2021.
Um declínio para frutos do mar capturados na natureza
“Houve uma clara diferença nas exportações em janeiro. Enquanto o pescado da aquicultura teve um crescimento de valor de 42%, tivemos uma diminuição tanto no volume quanto no valor da captura selvagem. Ocasionalmente, o mau tempo apresentou alguns desafios para a frota. Ainda, graças ao crescimento significativo da demanda nos mercados, registramos um aumento do valor de vários produtos capturados na natureza, incluindo bacalhau “, diz Renate Larsen.
Um bom começo para o bacalhau
Em janeiro, a Noruega exportou 718 toneladas de bacalhau fresco no valor de R$ 28 milhões. Um aumento no valor de 82% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
“A época do bacalhau é sempre um grande destaque. Este produto fantástico atinge bem a sustentabilidade, o sabor, a consistência e tem uma história única que nos orgulhamos de transmitir nos mercados”, afirma Renate Larsen.
O maior crescimento nas exportações de frutos do mar desta vez veio de fora da UE. Embora esse mercado em janeiro de 2021 representasse 58% do valor das exportações, havia caído para 54% no mesmo mês deste ano.
Registro para o Saithe salgado seco da Noruega
A Noruega exportou 8.100 toneladas de pescado no valor de R$ 263 milhões em janeiro.
Uma diminuição no volume de exportação de 15%.
O valor das exportações caiu R$ 18 milhões, ou 7%, em comparação com janeiro do ano passado.
Brasil, República Dominicana e Portugal foram os maiores mercados para o pescado norueguês em janeiro.
Os preços do bacalhau da Noruega e do Saithe salgado seco da Noruega continuam a forte evolução desde o final do ano passado. A Noruega exportou R$ 120 milhões, um novo recorde de exportação para o Saithe.
Mercado brasileiro em 2021
O Saithe salgado seco da Noruega, um dos peixes salgados secos mais comercializados por aqui, apresentou um aumento de 27% frente a 2020, o que representa um total de mais de 6.300 toneladas exportada pelo país nórdico para o Brasil.
Para Øystein Valanes, diretor do CNP no Brasil, o país segue sendo um parceiro comercial de exrema relevância para a Noruuega no setor de pescados.
“A flexibilazão das restrições causadas pela pandemia e o costume do brasileiro no consumo dos peixes salgados secos da Noruega, contribuiram para o aumento das exportações”, afirma.
Altos preços
“O preço de exportação do bacalhau só aumentou porque a moeda norueguesa, a Coroa, estava muito fraca no início da pandemia, em abril e maio de 2020. O preço de exportação do Saithe também está em níveis recordes em R$ 23 por kg. Apenas uma Coroa abaixo do preço de exportação mais alto de todos os tempos, em janeiro de 2015”, diz Eivind Hestvik Brækkan, analista marinho do Conselho Norueguês da Pesca.
Valor agregado para peixes salgados
A Noruega exportou 1.300 toneladas de peixe salgado no valor de R$ 37 milhões em janeiro.
O volume de exportação permanece inalterado.
O valor das exportações aumentou R$ 2 milhões, ou 6%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em janeiro, Portugal, Grécia e Canadá foram os maiores mercados para o peixe salgado norueguês.
Esses números representam o maior valor de exportação em um mês de janeiro desde 2008.
Bacalhau seco
A Noruega exportou 328 toneladas de bacalhau seco no valor de R$ 37 milhões em janeiro.
Uma diminuição no volume de 38%.
O valor das exportações caiu R$ 23 milhões, ou 38%, em comparação com janeiro do ano passado.
Em janeiro, a Itália, os EUA e a Nigéria foram os maiores mercados para o bacalhau seco norueguês.
“O preço de exportação do bacalhau seco inteiro foi mais alto do que em alguns meses do ano passado, e mais de R$ 120 por kg, pela primeira vez desde janeiro do ano passado”, diz Eivind Hestvik Brækkan, analista marinho do Conselho Norueguês da Pesca.