O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a cobertura vacinal de 16 imunizantes do calendário obrigatório tem registrado aumento desde 2023, mas alertou que o negacionismo e a disseminação de informações falsas ainda representam desafios a serem superados. As declarações foram feitas durante sua participação no programa “Bom Dia, Ministro”, do CanalGov, na manhã desta segunda-feira (15).
Padilha destacou que o negacionismo, especialmente em relação às vacinas, tem sido um dos maiores obstáculos para o trabalho dos profissionais de saúde e para a proteção das famílias brasileiras. “O que mais afeta o dia a dia dos profissionais de saúde e a vida das famílias brasileiras é o negacionismo. São pessoas espalhando mentiras e, infelizmente, até ganhando dinheiro com isso”, declarou o ministro.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU), tem adotado ações judiciais contra a propagação de notícias falsas, incluindo casos envolvendo médicos e a comercialização de cursos que incentivam a recusa da vacinação. “Estamos vencendo essa batalha, mas ela ainda não está ganha”, afirmou Padilha.
Sarampo e Avanços na Imunização
No último sábado (13), o estado de São Paulo registrou o segundo caso de sarampo de 2025, envolvendo um homem não vacinado que havia viajado para fora do Brasil. Todos os 36 casos de sarampo registrados no país neste ano têm origem em outros países, já que o Brasil não apresenta circulação interna do vírus. O ministro Padilha ressaltou que, mesmo com os casos importados, o Brasil mantém seu status de país livre de sarampo, após ter perdido a certificação em 2019, quando foram registrados mais de 21,7 mil casos da doença.
O Ministério da Saúde projeta que, ao final de 2025, a cobertura vacinal será superior à registrada em 2024. No ano passado, o número de municípios que superaram a meta de 95% de imunização no calendário essencial de vacinas cresceu 180%, o que é considerado um avanço importante para a saúde pública do país.
Vacinação contra a Dengue
O ministro também se pronunciou sobre o avanço da vacinação contra a dengue. A imunização dos profissionais de saúde com a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, que foi registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último dia 8, deve começar até o final de janeiro de 2026. “O início da vacinação será no final de janeiro e continuará ao longo de fevereiro e março. Isso é importante, porque, quando chega o período mais crítico da dengue, teremos os profissionais de saúde mais protegidos”, explicou Padilha.
Além disso, a cidade de Botucatu (SP) e Maranguape (CE) serão os primeiros municípios a implementar ações de aceleração da vacinação contra a dengue, com o objetivo de iniciar um plano de imunização em todo o Brasil, assim que a produção da vacina for escalonada para atender à população em geral. Especialistas indicam que, em cidades com 40% da população vacinada contra a dengue, pode ser alcançado um controle significativo da doença.
Padilha afirmou que o combate à dengue e a ampliação da vacinação contra a doença são prioridades do Ministério da Saúde para o ano de 2026, destacando que o controle da epidemia é possível com a adoção de medidas preventivas e a colaboração de toda a sociedade.
O esforço conjunto das autoridades de saúde visa garantir um ambiente mais seguro e protegido para os brasileiros, diante dos desafios impostos por doenças como a dengue e o sarampo, além de combater o crescente movimento negacionista que compromete os avanços conquistados nas últimas décadas.
Com informação agência Brasil.






















