O volume de recompra de ações continua a crescer, alcançando aproximadamente R$ 2,7 bilhões em março de 2025. Este número representa um aumento em relação aos R$ 2,1 bilhões contabilizados em fevereiro, conforme levantamento realizado pelo Itaú BBA.
Atualmente, existem R$ 89 bilhões em programas de recompra ativos, abrangendo 109 empresas e 132 programas. Dentre esses, R$ 73,1 bilhões foram autorizados nos últimos doze meses. Desde a última atualização do banco, em 20 de março, cinco novos programas foram anunciados, totalizando R$ 460 milhões em valores-alvo. As empresas que iniciaram esses programas de recompra incluem Taurus (TASA4), Track&Field (TFCO4), Aura Minerals (AURA33) e Oncoclínicas (ONCO3). O yield médio de recompra entre as companhias do Ibovespa está em 1,80%.
Ainda restam R$ 70,8 bilhões a serem recomprados. É importante ressaltar que, frequentemente, as metas de recompra não são alcançadas, seja por falta de liquidez ou por falta de interesse em concluir o programa. Até o momento, em abril de 2025, não foram registrados novos programas.
A recompra de ações ocorre quando uma empresa decide adquirir suas próprias ações no mercado, diminuindo, assim, a quantidade de papéis disponíveis para negociação e potencialmente aumentando o valor das ações restantes, o que beneficia os acionistas.
Os setores de maior atividade em recompra são os de utilities (como energia e saneamento) e consumo discricionário, que têm as maiores taxas de recompra em relação a seus valores de mercado. De acordo com analistas, 22% do volume total a ser recomprado provém do setor de matérias-primas, seguido por 21% do setor financeiro e outros 21% de utilities.
Um relatório recente indica que cinco empresas apresentaram yield de recompra superior a 5%: B3 (B3SA3), Cogna (COGN3), Copel (CPLE6), Direcional (DIRR3) e JBS (JBSS3).
No que diz respeito à execução de recompras em relação ao free float, as ações que mais se destacaram em março foram Movida (MOVI3), Track&Field (TFCO4), Lojas Renner (LREN3), Technos (TECN3) e Ultrapar (UGPA3). Em relação ao volume-alvo, as companhias que mais, proporcionalmente, recompuseram suas ações incluíram Ambev (ABEV3, 25,1%), Lojas Renner (LREN3, 57,5%), Ultrapar (UGPA3, 55,0%), Track&Field (TFCO4, 46,8%) e Allos (ALOS3, 32,0%).