O dólar encerrou o pregão cotado a R$ 5,4673 para venda, em leve alta, refletindo ajustes de posição dos investidores diante da expectativa pela divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos.
A taxa Selic permanece em 15% ao ano, funcionando como fator de suporte ao real, apesar da crescente aversão ao risco em mercados emergentes.
Risco fiscal segue no radar
No cenário doméstico, os agentes financeiros acompanham as discussões em torno das medidas fiscais. A pressão por aumento dos gastos públicos e a incerteza sobre a Sustentabilidade das contas do governo mantêm elevada a percepção de risco fiscal.
As articulações em Brasília em torno da proposta orçamentária de 2026 também seguem sob observação, com potencial de impactar a confiança do mercado e os fluxos de capital estrangeiro.
Expectativa com a política monetária dos EUA
No exterior, o foco está na ata do Fed, que pode trazer sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária norte-americana. Parte do mercado já projeta cortes de juros a partir de setembro, mas a resiliência da inflação e a força do mercado de trabalho dos EUA mantêm os investidores cautelosos. Esses fatores sustentam a valorização do dólar no cenário global, pressionando moedas emergentes, entre elas o real.
Ouro registra novo recorde
No mercado internacional, os preços do ouro atingiram níveis recordes, com a onça-troy à vista cotada a US$ 3.537,76. O movimento foi impulsionado pela expectativa de corte de juros pelo Fed ainda neste mês e por incertezas relacionadas à independência do banco central norte-americano.
O metal reforçou seu papel de ativo de proteção diante de pressões inflacionárias globais, tensões geopolíticas e riscos políticos nos EUA.
No Brasil, a cotação acompanhou a alta externa, superando a faixa de resistência de R$ 600 por grama e encerrando o dia em R$ 622.