Resumo dos mercados (às 6h):
• S&P 500 Futuro: 0,14%.
• Stoxx 50: -0,12%.
• Nikkei 225: -1,36%
• Shanghai Composite: -0,17%.
• Treasury 10 anos: queda em 3,528%.
• DXY: 0,51% em 110,76.
• Minério de Ferro (Singapura): 0,21% a US$ 95,85.
• Petróleo (Brent): 1,26% em US$ 91,96 o barril.
Com uma agenda econômica esvaziada, bolsas operam de lado praticamente, se preparando para a decisão do FOMC, que deve subir os juros em 0,75% e utilizar o SEP para reforçar o tom hawkish, em dia de acirramento das tensões geopolíticas no Leste Europeu, após Putin anunciar mobilização parcial das tropas, convocando reservistas para o conflito.
O aumento no risco geopolítico leva a quedas nos juros e dólar forte, com o Yuan sendo destaque, ultrapassando a faixa dos ¥7,05.
Nas commodities, a tensão geopolítica beneficia trigo, após alta de mais de 7,0% ontem, e commodities energéticas.
Por aqui, o apetite surpreendente do mercado local deve ser pouco influenciado pela decisão do Copom (que, em nossa visão, não deve alterar a taxa Selic), com a performance hoje estando muito mais ligada aos rumos de NY e a continuidade da digestão dos eventos políticos dos últimos dias.
Apesar disso, a alta das commodities deveria levar a altas na bolsa e nos juros, com o dólar subindo em meio à busca por proteção dos riscos geopolíticos.
Ásia:
em dia vazio de agenda, a cautela com a decisão do FOMC e o clima de tensão geopolítica no Leste Europeu levou as bolsas a fechar em queda, com ações de tecnologia liderando as perdas.
Bullock (RBA) afirmou que o nível dos juros ainda não é restritivo, mas que o BC australiano deve optar por reduzir a intensidade da alta de juros nas próximas reuniões. Na agenda, decisão de juros do BoJ às 0h.
Europa:
o anúncio de mobilização parcial na Rússia, que eleva os riscos geopolíticos do cenário, leva as bolsas a operarem em leves quedas. Lagarde (BCE) afirmou que novas altas de juros ocorrerão e que o cenário de inflação definirá qual será a taxa terminal do ciclo e alta.
Putin anunciou a mobilização parcial das tropas russas, principalmente os reservistas, com Shoigu (Defesa) dizendo que cerca de 300 mil soldados devem ser convocados.
A Holanda anunciou um pacote de €18 bi para apoio às famílias e elevou em 10% o salário-mínimo nacional. Dia sem agenda relevante.
EUA:
Apesar do cenário de cautela global, futuros dos índices operam de lado.
A construção de novos imóveis atingiu a marca anualizada de 1,58 mi unidades (exp 1,44 mi), avanço de 12,2% (-0,1% a/a) na margem.
Na agenda, venda de casas usadas (ago/22) às 11h, estoques de petróleo do DoE (16/ago) às 11h30 e decisão do FOMC às 15h, com coletiva de imprensa às 15h30.
Brasil:
Apesar do clima global de cautela, em véspera de decisão do FOMC, o mercado local teve novo dia de descolamento, com os ativos domésticos performando bem.
O Ibovespa fechou aos 112.517 pontos (0,62%). Nos juros, em dia de altas dos juros internacionais, a curva de DI futuro fechou praticamente. Em dia volátil, o Real seguiu descolado do exterior, com o dólar fechando aos R$5,15 (-0,25%).
A continuidade da queda das commodities levou o IGP-M a recuar de -0,57% para -0,91% (8,29% a/a) na 2ª prévia de set/22, ante -0,80% na 1ª.
O IPA caiu de -0,50% para -1,22% (8,65% a/a), o IPC subiu de -1,43% para -0,12% (5,55% a/a) e o INCC desacelerou de 0,54% para 0,07% (10,87% a/a).
A Anatel emitiu uma cautelar exigindo que as operadoras cumpram a lei e façam o repasse do corte do ICMS para o consumidor final. Na agenda, fluxo cambial (16/ago) às 14h30 e decisão do Copom às 18h30.