O mercado de criptomoedas atravessa um momento de forte oscilação, impulsionado por fatores políticos e movimentos especulativos. Após uma alta impulsionada por tokens associados ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o setor enfrentou uma correção acentuada, especialmente entre as chamadas memecoins.
Apesar disso, o Bitcoin demonstrou resiliência e permanece operando acima da marca dos US$ 85 mil, alimentando expectativas de uma possível valorização rumo aos US$ 100 mil.
Nas últimas semanas, moedas digitais como o token TRUMP ganharam projeção com base em declarações públicas do ex-presidente norte-americano, que criticou o Federal Reserve e defendeu o Bitcoin como uma possível “reserva estratégica” para os Estados Unidos.
No entanto, à medida que grandes volumes desses ativos foram desbloqueados e colocados à venda, o movimento especulativo perdeu força, resultando em quedas abruptas nos preços — fenômeno comum no mercado cripto, conhecido como “dump”.
Bitcoin se diferencia em meio à volatilidade
Enquanto tokens temáticos enfrentaram perdas expressivas, o Bitcoin manteve relativa estabilidade, reforçando sua posição como o principal ativo do mercado. Segundo analistas, essa distinção entre ativos especulativos e moedas com fundamentos mais sólidos tende a se acentuar.
“O que estamos vendo é uma separação entre o ruído especulativo e fundamentos mais consistentes. O Bitcoin continua em um processo de consolidação como ativo estratégico, especialmente em períodos de incerteza econômica”, afirma Bárbara Rocha, especialista do setor de criptoativos.
Fatores políticos impulsionam otimismo no setor
Com a aproximação das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a temática das criptomoedas ganhou espaço no debate público.
Candidatos com discursos favoráveis à descentralização financeira, à menor intervenção estatal e à adoção de moedas digitais como alternativa ao sistema bancário tradicional têm impulsionado o interesse do mercado.
Além da retórica política, outros fatores contribuem para o cenário positivo do Bitcoin, como a entrada de investidores institucionais, o aumento da adoção global e a redução da liquidez em mercados financeiros tradicionais.
Esses elementos colocam a principal criptomoeda novamente sob os holofotes, com projeções que sugerem a possibilidade de alcançar a marca de US$ 100 mil ainda neste ciclo.