O Bitcoin (BTC), a primeira criptomoeda, está por fazer 13 anos, e podemos afirmar que ele construiu uma comunidade dedicada e apaixonada.
Ao longo desse tempo, as blockchains evoluíram e continuarão crescendo à medida que as comunidades encontrarem problemas que precisam ser resolvidos.
Há hoje três gerações de criptomoedas. Mas antes de entrarmos nisso, vamos ver rapidamente o que é uma blockchain.
O que é blockchain?
Blockchain é a rede por trás do Bitcoin que mantém registros permanentes de todas as transações de BTC e as protege.
Pense nisso como escrever em um caderno de contabilidade com caneta… Ficaria evidente se alguém tentasse fazer uma rasura.
O aspecto mais interessante da blockchain é que ela é descentralizada. Isso quer dizer que ela não é regida por nenhuma autoridade arbitrária.
Em vez disso, ela conta com mineradores (pessoas que oferecem seu poder de computação) para verificar as transações.
A blockchain também é um livro contábil público e cria registros de transações que não podem ser editados ou manipulados.
Em essência, a maioria das criptomoedas usa isso para proteger suas transações, e isso evoluiu com o tempo. Para ter uma ideia mais clara de como isso aconteceu, vamos começar com:
Estágio 1: Bitcoin e a gênese das moedas digitais
O conceito de blockchain não é algo que começou com o Bitcoin. Na verdade, a ideia já circulava pelas comunidades há muito tempo. Mas o Bitcoin foi a primeira iniciativa que implementou e popularizou totalmente o conceito.
Cada bloco tinha 1 megabyte (1 MB) e podia conter um enorme volume de informações sobre transações BTC.
Em seguida, esses blocos são vinculados por meio de um processo de verificação criptográfica, formando a cadeia.
O BTC foi inventado com a blockchain de primeira geração com o objetivo de melhorar os sistemas monetários da época.
Juntamente com o poder do BTC, a blockchain pode dar às pessoas a capacidade de realizar transações entre si sem dependerem de autoridades centrais como bancos.
No mundo real, Marcos pode enviar BTC a Bruno quando quiser (literalmente) com a certeza de que a transação é segura.
A partir daí, as pessoas começaram a comprar Bitcoin, algo que muitas fazem até hoje.
Estágio 2: Ethereum e contratos inteligentes
À medida que mais criptomoedas foram sendo criadas e o tempo passou, os desenvolvedores não puderam deixar de pensar que a blockchain poderia fazer mais do que apenas documentar e proteger transações.
Eis que surge o Ethereum (ETH). Os desenvolvedores dessa criptomoeda acreditavam que ativos e acordos de confiança poderiam fazer maravilhas para o gerenciamento da blockchain e desenvolveram uma criptomoeda que trouxe duas inovações revolucionárias:
- Contratos inteligentes. São contratos autoexecutáveis que podem ajudar duas pessoas a fazerem uma transação sem a supervisão de terceiros. Pense em nosso exemplo anterior: e se o Marcos precisasse receber as mercadorias antes de enviar o dinheiro? Contratos inteligentes permitem que ele estabeleça termos e condições para a transação, como data de vencimento ou o cumprimento de um objetivo específico.
- Aplicativos descentralizados (Dapps). O Ethereum é mais que apenas uma moeda; é uma plataforma que permite que os desenvolvedores construam seus aplicativos sobre a blockchain Ethereum. Pense assim… Se você deseja desenvolver um aplicativo para usuários do iPhone, o sistema iOS pode ajudar. É essencialmente o mesmo no caso do ETH: aplicativos descentralizados contam com a ajuda da blockchain Ethereum.
Esses foram dois novos recursos revolucionários em uma blockchain, mas não falta quem acredite que ainda há muito a explorar nessa área.
Dessa forma, a comunidade não sabe com certeza se já passamos desse estágio.
Mas não deixa de impressionar quando imaginamos o que pode vir.
Estágio 3: De olho no futuro
Um dos maiores problemas que a comunidade tenta resolver agora é a escalabilidade.
Com muitas pessoas tentando fazer transações ao mesmo tempo na mesma blockchain, ocorrem problemas de gargalo.
Imagine que você abriu uma empresa. No início, você provavelmente consegue levar um bolo para todos durante uma festa no escritório. Mas a empresa cresce. Cada vez mais pessoas participam da festa, e você continua com aquele mesmo bolo.
Agora, todos precisam esperar mais tempo para comer e acabam recebendo fatias menores. Os problemas que as criptomoedas enfrentam são muito parecidos.
Com o aumento da adoção das criptomoedas em todo o mundo, mais pessoas vão querer fazer transações.
Mais transações geram mais congestionamento.
Com isso, elas podem demorar mais para serem processadas e ficar mais caras.
Esse problema da escalabilidade é um grande obstáculo para a adoção mundial.
Felizmente, as pessoas estão cientes desse problema, e os desenvolvedores estão trabalhando pesado para resolver. Um exemplo seria o Ethereum 2.0 (ETH 2.0).
Estamos neste momento no meio da atualização, mas as transações supostamente serão muito mais baratas e rápidas quando tudo estiver implementado.
Além da escalabilidade, há uma outra questão sendo trabalhada: a interoperabilidade.
Infelizmente, nenhuma das blockchains de hoje pode se comunicar com outra, assim como você não pode recarregar seu celular Samsung com um carregador de iPhone.
No futuro, as blockchains precisarão interagir umas com as outras se quiserem que a indústria de criptomoedas prospere.
O rei absoluto
É claro que o futuro das criptomoedas é promissor, especialmente para os entusiastas.
Haverá atualizações que mudarão o jogo, mas não podemos ignorar todas aquelas que abriram o caminho para que isso aconteça.
Apesar de ser uma criptomoeda de “primeira geração”, o Bitcoin segue reinando e liderando todas as criptomoedas em preço de mercado.
É por isso que, aconteça o que acontecer, nunca fará mal ter um pouco de BTC na sua carteira de criptomoedas, seja para investir ou pagar por mercadorias e serviços.
*Patrocinado pela Paxful.
*O conteúdo deste artigo possui fins unicamente informativos. Você não deve considerar nenhuma dessas informações como aconselhamento jurídico, tributário, de investimento, financeiro ou de qualquer outra natureza.