O mercado de trabalho para peritos grafotécnicos segue em expansão no Brasil em 2025, impulsionado pela crescente demanda do Judiciário por análises técnicas de documentos e assinaturas.
De acordo com registros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ainda há carência significativa de profissionais habilitados para atender às solicitações de perícia, especialmente em processos que envolvem contestação de autoria de documentos.
Escrita como identidade única
A perícia grafotécnica é considerada fundamental no auxílio a decisões judiciais. Segundo especialistas, a forma de escrever é tão individual quanto uma impressão digital. Com técnicas adequadas, é possível identificar inconsistências, adulterações ou fraudes em documentos manuscritos ou impressos, fornecendo subsídios técnicos para juízes e advogados.
Entre os principais procedimentos estão a verificação de autoria de textos manuscritos, a detecção de enxertos e supressões, a substituição de folhas e a análise de alterações em documentos impressos.
Crescimento da atividade profissional
Nos últimos anos, profissionais da área têm relatado aumento significativo no número de nomeações em processos judiciais. Em alguns tribunais, peritos grafotécnicos chegam a ser convocados dezenas de vezes por ano, reforçando a importância da especialidade para a dinâmica do sistema de Justiça.
Além da relevância jurídica, a profissão também se mostra atraente do ponto de vista financeiro. Estimativas indicam que, em média, cada atuação pode render valores na faixa de R$ 4 mil, variando conforme a complexidade do caso e o tribunal responsável pela nomeação.
Perspectivas para 2025
A expectativa de especialistas é de que a busca por peritos grafotécnicos continue crescendo, acompanhando a digitalização e os novos formatos de documentos que circulam em processos judiciais e extrajudiciais.
Embora os avanços tecnológicos tenham reduzido parte das fraudes documentais, o volume de disputas envolvendo assinaturas e registros físicos ainda se mantém elevado no país.
Nesse contexto, a formação contínua e a especialização tornam-se essenciais para suprir a demanda e garantir que o sistema de Justiça disponha de profissionais preparados para atuar em um campo cada vez mais relevante.