Os investidores já retiraram em média R$ 68 bilhões da Bolsa de Valores em ofertas primárias e do mercado secundário neste ano. Segundo o economista da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, os dados são da B3 e correspondem ao período de janeiro até o dia 28 deste mês. O principal motivo desse movimento é a incerteza econômica diante da pandemia da Covid-19.
“O aumento dos riscos, em decorrência dos ainda elevados índices epidemiológicos do novo coronavirus e da tensão geopolítica entre Estados Unidos e China, deixa os mercados mais apreensivos. Houve uma leve melhora, com a Bolsa de Valores chegando aos 100 mil pontos, mas, para passar da barreira dos 105 mil pontos ainda é difícil, principalmente diante de todo o grau de incerteza que ainda há no mundo e os incentivos econômicos precisam ser mais concretizados”, pondera Bertotti.
De acordo com o economista da Messem, a tendência para este semestre no mercado de ações ainda é de alta, porém, observa-se aumento no número de casos de Covid-19 em alguns países, inclusive, no Brasil. “Se continuar essa volatilidade, que se reflete no Ibovespa, os investidores devem permanecer retirando dinheiro de ações”, fato esse que corrobora para a nossa incerteza no mercado de capitais, justificando a retirada de dinheiro da bolsa, informou.
“Apesar dessas dificuldades, o nosso mercado de capitais ainda é muito promissor, em parte pelo cenário de juros baixos e ainda assim, muitos ativos com bons fundamentos seguem com desvalorizações significativas, como papeis de banco”, observa Bertotti, destacando que o clima continua de aversão ao risco e que existem papéis que não estão acompanhando a volatilidade da Bolsa de Valores, como as empresas do setor financeiro, que incluem Itaú, Bradesco e Santander.
O Banco Central também divulgou que, somente no primeiro semestre, os investidores retiraram US$ 31,25 bilhões de aplicações financeiras no País, incluindo, além de ações, fundos de investimentos e títulos de renda fixa. É o maior volume de saques da economia nacional em 26 anos.
Sobre a Messem Investimentos
Criada em 2007, em Caxias do Sul (RS), a empresa é, hoje, o maior escritório de investimentos do Brasil, com 15 mil clientes e mais de sete bilhões de reais sob sua administração. É o único premiado por três vezes, pela própria XP Investimentos, reiterando o título de melhor escritório de investimentos do país. Detentora do selo Great Place to Work, a Messem conta com mais de 120 assessores, atendendo nas unidades Messem de Caxias do Sul, São Paulo, Porto Alegre e Brasília.