O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de descumprimento de medidas judiciais impostas em julho, no contexto das investigações sobre uma suposta trama golpista após as eleições de 2022.
A decisão judicial também proíbe Bolsonaro de utilizar telefone celular – direta ou indiretamente por meio de terceiros – e restringe visitas apenas a advogados e pessoas autorizadas pela Justiça.
Segundo a Corte, o ex-presidente violou as ordens judiciais anteriormente impostas ao manter comunicações e movimentações não autorizadas, inclusive com autoridades internacionais. Parte das acusações gira em torno de articulações para interferência política do então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente relacionou a investigação brasileira a uma “caça às bruxas” e anunciou tarifas comerciais sobre produtos brasileiros como forma de retaliação.
A assessoria de imprensa de Bolsonaro confirmou a decisão de prisão domiciliar e as restrições impostas.
Repercussão Internacional
A medida ganhou ampla cobertura da imprensa internacional. Veículos como Financial Times, The Wall Street Journal, El País e Reuters noticiaram não apenas os desdobramentos jurídicos do caso, mas também os impactos políticos e diplomáticos da decisão.
As acusações contra Bolsonaro incluem tentativa de golpe, conspiração e até planos de atentado contra autoridades do Judiciário. Analistas internacionais alertam para os riscos institucionais e a crescente polarização política no Brasil, além das repercussões econômicas no cenário internacional.