O governador Cláudio Castro (PL) se pronunciou nesta segunda-feira (27) sobre a operação integrada das Polícias Civil e Militar, realizada neste fim de semana em comunidades da zona norte do Rio de Janeiro, que resultou em 20 mortos, prisões e apreensão de armamentos e drogas.
Durante entrevista coletiva no Palácio Guanabara, Castro elogiou o trabalho das forças de segurança, mas fez um duro apelo ao governo federal, afirmando que o Rio “está enfrentando sozinho o crime organizado” e que o estado precisa de apoio estrutural e estratégico da União.
“O Rio de Janeiro está sozinho. Estamos lutando contra o crime com os recursos que temos, mas sem o apoio necessário do governo federal. Enquanto o tráfico se organiza nacionalmente e internacionalmente”, declarou o governador.
Detalhes da operação
A ação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra lideranças de facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas e ao roubo de cargas. A operação ocorreu principalmente nas regiões do Complexo da Penha e de Manguinhos, e envolveu cerca de 400 agentes das forças estaduais de segurança.
De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Civil (SEPOL), entre os mortos estão suspeitos de envolvimento direto em confrontos armados com as forças policiais. Foram apreendidos 12 fuzis, granadas, munições e grande quantidade de entorpecentes.
O Secretário de Segurança Pública, Victor Corrêa, afirmou que a operação “foi uma das mais complexas do ano” e que “a prioridade do governo é restabelecer a presença do Estado em áreas dominadas pelo crime”.
Cobrança ao governo federal
Cláudio Castro destacou a necessidade de uma política nacional de segurança pública e defendeu integração entre os estados e a União no combate às facções criminosas que atuam em rede.
“O crime é nacional, mas o enfrentamento é local. Não podemos continuar sozinhos. É preciso coordenação, investimento e inteligência compartilhada”, enfatizou o governador.
Segundo Castro, o governo estadual tem mantido diálogo com o Ministério da Justiça, mas ainda aguarda medidas concretas. “O Rio não pode ser o retrato do abandono. Precisamos de ações conjuntas e não apenas de discursos”, afirmou.
Próximos passos
O governo do Rio informou que novas operações estão planejadas para as próximas semanas, com reforço em Tecnologia, monitoramento e integração entre forças de segurança.
O Comando Integrado de Segurança (CIS) também deverá apresentar, até o fim do mês, um relatório sobre os resultados e o impacto das ações em áreas conflagradas.



















