Após renovar sua máxima histórica nos últimos dias, acima de US$ 64 mil, o Bitcoin sofreu uma queda brusca neste domingo (18), chegando a perder cerca de US$ 10 mil de valor em apenas uma hora.
Durante a madrugada, a maior criptomoeda do mundo caiu de um valor de US$ 60 mil para pouco mais de US$ 50 mil. A recuperação ocorreu nas horas seguintes, mas o sinal de alerta foi acionado. O valor foi recuperado em partes nas horas seguintes.
Durante a manhã de domingo, a criptomoeda já era negociada perto dos US$ 55 mil (R$ 307 mil). Na última semana, o preço do bitcoin havia atingido o preço recorde de US$ 64.869,78 (R$ 362,5 mil).
Não há consenso entre especialistas sobre os possíveis motivos da queda, mas a despencada sugere que algo pode estar fora dos eixos.
Nos Estados Unidos, a Bloomberg afirmou que a queda aconteceu em decorrência da especulação que o Tesouro norte-americano poderá aumentar as restrições para a utilização de dinheiro realizada por ativos digitais, algo que impactaria significativamente as criptomoedas.
A movimentação nos EUA segue uma tendência cada vez mais evidente em outros países, no sentido de endurecer as regras para a utilização do bitcoin nas transações financeiras. Há o receio de que a criptomoeda possa ser utilizada para atitudes ilícitas, já que sua rastreabilidade ainda é difusa.
A queda deste domingo esconde um retrospecto de alta nos últimos meses. Desde outubro do ano passado, quando teve início o rali mais forte do Bitcoin, a valorização acumulada até ontem era de 435%, enquanto em 2021 os ganhos eram de 115%..
Segundo economistas, os resultados têm sido creditados principalmente à entrada de grandes empresas no mundo dos criptoativos, como PayPal, Square, Tesla e o banco BNY Mellon. Isso tem elevado a credibilidade do Bitcoin dentro do mercado tradicional, o que ajuda os preços também.
Em especial na última semana, essa melhora na visão do mundo sobre a moeda digital culminou na estreia da Coinbase, a maior corretora de criptoativos dos Estados Unidos, na bolsa americana Nasdaq, que em seu primeiro pregão ficou avaliada em cerca de US$ 85 bilhões.
As oscilações, no entanto, não devem impactar o futuro das criptomoedas. Para Jakub Dziadkowiec, colunista do Yahoo e especialista em moedas digitais, o mercado de alta está se acelerando. Os indicadores estão bastante aquecidos, mas ainda há muito espaço para novos aumentos.
Para ele, “o aprofundamento da crise de liquidez do Bitcoin, o valor recorde dos futuros nas exchanges de criptomoedas e os gráficos de longo prazo da atividade dos investidores confirmam uma imagem em comum do mercado atual de criptomoedas”, avaliou.
“Apesar de alguns sinais de alerta, está claro que esse não parece ser o topo do Bitcoin. Teremos que esperar um pouco mais para que isso aconteça”, completou o especialista em texto publicado neste domingo (18). Com informações de Jornal 365