A Tecnologia brasileira por trás do Pix pode se tornar uma referência internacional para a integração de sistemas de pagamento instantâneo entre países.
O Banco Central (BC) está atualmente desenvolvendo as diretrizes para a implementação do chamado Pix internacional, por meio de sua interligação com o Nexus — projeto conduzido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).
A proposta do Nexus é criar um padrão técnico que conecte diferentes sistemas de pagamentos em tempo real ao redor do mundo, facilitando transferências transfronteiriças com mais rapidez, segurança e simplicidade.
Integração e desafios regulatórios
O principal objetivo do Pix internacional é proporcionar aos usuários uma experiência semelhante à do Pix nacional: transações simples, instantâneas e com alto nível de transparência.
Para isso, será necessário superar obstáculos técnicos e regulatórios, como diferenças cambiais, fusos horários, normas de segurança e exigências de compliance de cada país envolvido.
Especialistas da área tecnológica destacam que o sucesso da iniciativa depende da padronização de protocolos e da adoção de ferramentas robustas de segurança e autenticação.
Entre os principais requisitos estão o desenvolvimento de APIs seguras, criptografia avançada, rastreabilidade das operações e mecanismos antifraude.
Diretrizes em construção
Embora o sistema ainda esteja em fase de estruturação, o Banco Central já definiu algumas diretrizes preliminares para garantir a interoperabilidade entre os sistemas financeiros.
As exigências incluem conformidade com regras internacionais de proteção de dados, adoção de padrões de segurança cibernética e a implementação de mecanismos confiáveis de validação e autenticação de identidade.
Segundo analistas, a transformação pode impactar profundamente a forma como empresas e instituições financeiras operam no mercado global, exigindo soluções que aliem eficiência operacional com rigor regulatório.
Perspectivas para o futuro
Com o avanço das discussões sobre o Nexus, o Brasil desponta como um dos protagonistas na formulação de padrões globais para pagamentos instantâneos. O modelo do Pix, já consolidado no país, é visto como um caso de sucesso que pode inspirar outras economias.
A expectativa é que, nos próximos anos, a integração de sistemas como o Pix internacional facilite operações de comércio exterior, remessas financeiras e pagamentos digitais em escala global, reduzindo custos e aumentando a competitividade entre os países participantes.