Na quinta-feira, 17 de abril, o Ibovespa encerrou suas atividades em alta de 1,04%, estabelecendo-se em 129.650 pontos. O crescimento foi impulsionado principalmente pela valorização das ações da Petrobras (PETR4), que apresentaram um aumento superior a 1,9%. Essa alta foi favorecida pelo aumento nos preços do petróleo no mercado internacional. Entretanto, o dia foi caracterizado por um volume financeiro reduzido, resultado da antecipação de muitos investidores em relação ao feriado prolongado.
No cenário global, as bolsas dos Estados Unidos terminaram a semana em queda. O S&P 500 e a Nasdaq apresentaram desvalorização de 0,88% e 2,05%, respectivamente. O sentimento cauteloso dos investidores foi motivado pelas declarações do ex-presidente Donald Trump, que criticou a atuação do Federal Reserve e seu presidente Jerome Powell, aumentando incertezas sobre a política monetária norte-americana. Importantes divulgações ainda estão por vir nesta semana, como o Livro Bege do Fed e o IPCA-15 no Brasil, além dos resultados financeiros da Vale (VALE3), que podem acentuar a volatilidade no mercado.
Com o mercado fechado no Brasil em 21 de abril devido ao feriado, os ADRs de empresas brasileiras negociados em Nova York apresentaram queda. Esse retrocesso reflete a elevada aversão ao risco no exterior, ocasionada por tensões geopolíticas e a expectativa por novos dados econômicos. Esse movimento pode impactar a abertura da B3 na terça-feira, 22 de abril, tornando essencial o acompanhamento dos níveis técnicos dos principais ativos.
Análise técnica do Ibovespa
Atualmente, o Ibovespa mantém viés positivo desde que atingiu o fundo nos 118.222 pontos no início de 2025, apresentando uma trajetória de recuperação. A última sessão resultou em uma alta de 1,04%.
O índice apresenta oscilações entre as médias móveis de 9 e 21 períodos, enquanto a média de 200 períodos, em 128.275 pontos, atua como um suporte estrutural significativo. O rompimento da resistência em 130.090 pontos será crucial para sustentar o momentum comprador. A superação desse patamar poderá direcionar o índice para a máxima anual de 133.900 pontos e, possivelmente, para a máxima histórica em 137.469 pontos.
Por outro lado, se o Ibovespa perder a média de 200 períodos, poderão ocorrer correções mais acentuadas, com suportes iniciais na região dos 122.635 pontos e, em um cenário mais negativo, um retorno ao fundo do ano nos 118.222 pontos.
Análise técnica do Dólar
O dólar futuro enfrenta uma nova fraqueza após não conseguir superar a média de 200 períodos, que se consagrou como uma resistência técnica importante. Na última sessão, o ativo rompeu para baixo as médias de 9 e 21 períodos, apontando para uma tendência de fraqueza em seu movimento de alta de curto prazo.
Os olhares do mercado agora se concentram na mínima recente em 5.807 pontos. Se essa faixa for rompida, o dólar poderá acelerar sua queda, apresentando suportes intermediários em 5.758 e 5.702 pontos. Um alvo mais distante está na região de 5.619,5 pontos, que pode atrair compradores em caso de ampliação do movimento.
Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq enfrenta pressão contínua no gráfico diário, apresentando topos e fundos descendentes e negociando abaixo das principais médias móveis. O padrão técnico sugere a continuidade de um movimento de baixa no curto prazo, especialmente se a mínima recente em 17.590 pontos for rompida.
Se essa quebra se confirmar, os próximos suportes estarão localizados nas regiões de 17.000 e 16.540 pontos. Em um cenário de maior aversão ao risco, o índice pode buscar a faixa de 15.760 pontos.
Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 opera sob uma tendência de baixa no curto prazo, mantendo-se abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos. O índice ainda não apresenta sinais de reversão robustos, e uma quebra na mínima recente em 5.100 pontos pode acelerar ainda mais sua descida.
Caso essa marca seja perdida, o índice poderá direcionar-se para os suportes em 4.835 e 4.680 pontos, níveis fundamentais. Se o fluxo vendedor persistir, a correção pode intensificar-se até 4.530 pontos.
Níveis Técnicos Relevantes
O Índice de Força Relativa (IFR), uma ferramenta amplamente utilizada na análise técnica, reflete as condições de sobrevenda e sobrecompra no mercado. Um IFR abaixo de 30 pode indicar oportunidades de compra, enquanto uma leitura acima de 70 sugere potencial de correção. Estes dados são essenciais para entender o comportamento futuro da bolsa.