Na terça-feira, 7 de maio de 2023, o dólar à vista apresentou queda em relação ao real, seguindo a tendência de desvalorização em relação a outras moedas de mercados emergentes. A movimentação ocorre em um contexto de incertezas, com investidores reagindo aos recentes ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e aguardando novas informações sobre tarifas comerciais.
Às 12h39, o dólar comercial era negociado a R$ 5,739, representando uma queda de 1,14%. No mercado futuro da B3, o contrato do dólar com vencimento mais próximo apresentou uma baixa de 1,11%, cotado a 5.748 pontos.
Cotações do Dólar
- Dólar Comercial:
- Compra: R$ 5,739
- Venda: R$ 5,739
- Dólar Turismo:
- Compra: R$ 5,802
- Venda: R$ 5,982
A valorização do real foi acompanhada por esses fatores, com o índice Ibovespa mostrando sinais de melhora, impulsionado pela recuperação nas bolsas de valores de Nova York. Segundo Anilson Moretti, analista da HCI Invest, a queda do dólar foi influenciada pelo aumento nos preços das commodities, estimulados por novas políticas de incentivo na China.
O mercado permanece atento às negociações tarifárias, especialmente entre Estados Unidos e China. A pressão sobre o Federal Reserve e seus cortes de juros tem gerado incertezas sobre a estabilidade da moeda norte-americana. A expectativa é de que o Fed mantenha a taxa de juros em sua próxima reunião, com a possibilidade de redução a partir de junho, dependendo de dados econômicos.
A saída de capital estrangeiro do mercado de ações brasileiro e a ausência de novos fluxos de investimento internacional têm limitado a queda do dólar. Além disso, a diminuição dos juros futuros faz do real um ativo menos atrativo, restringindo ainda mais a desvalorização do dólar em relação ao real.
Internacionalmente, o dólar se encontra em níveis baixos em comparação ao euro e ao franco suíço, com os ataques de Trump ao Fed gerando preocupações sobre a independência da instituição. Analistas alertam que o dólar pode enfrentar um estado de vulnerabilidade, com receios de que as tarifas comerciais dos EUA possam desencadear uma guerra comercial global. As dúvidas sobre a autonomia do Fed também levantam questões sobre o valor do dólar como moeda de reserva, sugerindo um potencial desinvestimento em ativos dos EUA.
(Com informações de Reuters e Estadão)