Renato Paiva, técnico do Botafogo, está prestes a completar dois meses à frente da equipe, mas ainda não obteve o desempenho esperado. Após a derrota para o Estudiantes, ocorrida na última quarta-feira, 23 de outubro, pela Libertadores, o treinador declarou o “fim” do time que conquistou o Brasil e a América em 2024, analisando a performance do Botafogo em La Plata, na Argentina.
Segundo Paiva, a equipe campeã da Libertadores não existe mais, devido às numerosas mudanças no elenco. “Essa equipe já não existe. Mudaram muitos jogadores, por isso é passado. As comparações são comuns, mas as coisas mudam com o tempo. Estamos em um momento de adaptação, tentando integrar os novos jogadores e fazer o time jogar de acordo com suas características”, explicou o treinador português.
A derrota contra o Estudiantes representa a quarta partida consecutiva sem vitórias do Botafogo. Nos oito jogos sob o comando de Paiva, a equipe conquistou apenas duas vitórias, contra Carabobo, da Venezuela, e Juventude. Um dos principais problemas enfrentados pela equipe é a produção no ataque: no jogo contra os argentinos, o Botafogo criou apenas uma oportunidade clara, um chute de Savarino que acertou a trave na segunda etapa.
Desempenho ofensivo é uma preocupação real para Paiva. Durante os oito jogos em que esteve à frente da equipe, em quatro ocasiões, o Botafogo não conseguiu balançar as redes adversárias. O técnico comentou sobre essa “fase estranha”, onde erros básicos têm custado caro ao time. “Quando criamos, não fazemos. Perdemos três jogos por 1 a 0, decorrentes de erros claros que precisam ser corrigidos”, afirmou.
Paiva também destacou que a equipe não conseguiu implementar a pressão desejada em campo e que nas transições ofensivas a eficácia foi comprometida. “Na principal oportunidade, a bola bateu no travessão, ficou no chão e não entrou”, lamentou. O treinador se responsabilizou pela situação, mas enfatizou que o time atravessa uma fase incomum em que os erros parecem ser decisivos para o resultado dos jogos.