A Casa Branca apresentou nesta segunda-feira (29) os principais pontos do plano de paz elaborado pelo presidente Donald Trump para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, em curso desde outubro de 2023.
Principais diretrizes
O documento prevê a criação de um governo internacional temporário, denominado “Conselho da Paz”, chefiado por Trump e integrado por outras autoridades internacionais, entre elas o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O conselho supervisionaria a reconstrução do território até que a Autoridade Palestina esteja apta a reassumir o controle.
Entre os pontos centrais:
- Cessar-fogo imediato: encerramento das hostilidades e suspensão de operações militares.
- Libertação de reféns: em até 72 horas após a aceitação do plano, todos os reféns vivos ou mortos seriam devolvidos; em troca, Israel libertaria presos palestinos e entregaria restos mortais.
- Anistia ao Hamas: membros do grupo que entregarem armas e aceitarem coexistência pacífica seriam anistiados ou teriam passagem segura para outros países.
- Garantias humanitárias: envio de ajuda em larga escala para reconstrução de hospitais, infraestrutura básica e reabertura de estradas, coordenado por agências da ONU e do Crescente Vermelho.
- Novo governo em Gaza: administração transitória formada por palestinos tecnocratas e especialistas internacionais, supervisionada pelo Conselho da Paz.
- Desmilitarização: destruição de túneis, arsenais e infraestrutura militar, acompanhada de monitores independentes e financiada por um programa internacional de recompra de armas.
- Retirada gradual de Israel: as Forças de Defesa de Israel (FDI) entregariam progressivamente o território a uma Força Internacional de Estabilização (ISF), com apoio de países árabes e coordenação dos EUA.
- Garantias territoriais: o plano afirma que Israel não ocupará nem anexará Gaza.
Objetivo estratégico
Segundo o texto, a “Nova Gaza” deve se tornar um território livre do terrorismo, com economia reconstruída e integrada a mecanismos internacionais de cooperação. O plano também abre espaço para, futuramente, estabelecer um caminho crível para a autodeterminação palestina e eventual criação de um Estado, reconhecendo a aspiração do povo da região.