Em anúncio feito nesta segunda-feira (28) em Adis Abeba, Etiópia, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU) confirmou que o Brasil está, mais uma vez, fora do Mapa da Fome. O relatório trienal 2022–2024 apontou que menos de 2,5% da população brasileira vive em situação de subalimentação, patamar que retira oficialmente o país da lista de nações com fome crônica.
A conquista, celebrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi alcançada em apenas dois anos de governo. “É com grande orgulho e imensa alegria que informo: o Brasil está fora do Mapa da Fome, mais uma vez”, escreveu Lula nas redes sociais. “Mostra que, com Políticas públicas sérias e compromisso com o povo, é possível combater a fome e construir um país mais justo.”
Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, sair do Mapa da Fome era uma meta inicialmente prevista para o fim de 2026. “Com o Plano Brasil Sem Fome, muito trabalho e políticas robustas, alcançamos em dois anos”, afirmou.
O que levou à retirada do Brasil do Mapa da Fome?
A saída do país da lista da ONU é atribuída a um conjunto de políticas sociais, econômicas e de geração de renda. Entre elas, o fortalecimento do Bolsa Família, ampliação da alimentação escolar, valorização do salário mínimo, apoio à agricultura familiar (PRONAF), políticas de emprego e estímulo ao empreendedorismo.
Dados do IBGE revelam que cerca de 24 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave desde 2023. A pobreza extrema caiu para 4,4% — o menor nível histórico — e o desemprego atingiu 6,6%, o menor índice desde 2012. Ao mesmo tempo, a renda per capita domiciliar bateu recorde e a desigualdade social recuou, com o índice de Gini caindo para 0,506.
Avanço estrutural e protagonismo global
O Brasil também propôs a criação da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, iniciativa apresentada durante a presidência do G20 em 2024. Atualmente, conta com a adesão de mais de 100 países. A proposta busca unir governos, organizações internacionais e o setor financeiro em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, com foco na erradicação da fome até 2030.
“O exemplo brasileiro pode ser replicado globalmente. Sair do Mapa da Fome é apenas o começo. Queremos justiça alimentar e soberania para todos”, disse Wellington Dias.
Um feito que reforça o papel das políticas públicas
Esta é a segunda vez que o Brasil deixa o Mapa da Fome sob liderança de Lula — a primeira foi em 2014. O país havia retornado ao índice entre 2018 e 2020, após desmontes em programas sociais. Agora, o retorno à lista foi revertido com ações coordenadas entre diferentes áreas do governo e um esforço para ampliar o acesso à renda, educação, saúde e alimentação de qualidade.
A conquista reforça o impacto de políticas públicas integradas no combate à desigualdade e coloca o Brasil de volta como referência global no enfrentamento à fome.
Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República