Em tempos de excesso de informações, identificar o que é fato ou boato sobre finanças pessoais tornou-se uma tarefa fundamental. O crédito consignado, uma das modalidades mais utilizadas no país, é frequentemente alvo de desinformação, o que pode levar muitos consumidores a decisões equivocadas.
Esse tipo de empréstimo, que tem parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício do INSS, costuma oferecer juros mais baixos em relação a outras linhas de crédito, justamente pela maior garantia de pagamento ao credor.
Segundo especialistas, trata-se de uma ferramenta útil para quem busca organização financeira, desde que utilizada com responsabilidade.
Verdades e mitos
Entre os pontos mais debatidos, destaca-se o mito de que o crédito consignado gera mais endividamento. Na prática, há um limite de comprometimento da renda, o que impede que o consumidor contraia dívidas acima de sua capacidade de pagamento.
Também é comum a crença de que essa modalidade não exige análise de crédito, o que não é verdade — instituições financeiras avaliam a situação do solicitante antes de liberar os recursos.
Outro fator relevante é a agilidade do processo: na maioria dos casos, a liberação do valor ocorre em poucos dias, com menos burocracia, especialmente para aposentados e pensionistas.
Cuidados necessários
Apesar das vantagens, especialistas alertam para os cuidados que devem ser tomados antes da contratação. Comparar condições entre diferentes instituições, ler atentamente os contratos e não comprometer uma parte excessiva da renda são medidas essenciais para evitar problemas futuros.
Com o aumento da circulação de informações falsas, a educação financeira e o pensamento crítico são ferramentas indispensáveis para garantir que o crédito consignado seja utilizado de forma consciente e segura.