A pandemia transformou diversos aspectos da rotina de consumo da sociedade.
Um desses modelos emergentes – e que já virou aposta estratégica no mercado – é o live commerce.
O live commerce consiste em vendas feitas por transmissões ao vivo na internet, com a participação de formadores de opinião ou empreendedores do ramo que mostram os produtos e interagem com o público.
O conceito surgiu na China, ainda em 2019, e tem ganhado destaque ao longo dos últimos anos.
A modalidade é uma aposta benéfica para o cenário brasileiro, já que, de acordo com uma pesquisa do Google Trends, o interesse pelo tema teve crescimento de quase 37% nos últimos 3 anos.
A modalidade faz parte do que é chamado de CX omnichannel, ou seja, uma experiência ao cliente ainda mais personalizada e que tem mais chances de sucesso.
Isso fica comprovado em uma pesquisa feita pelo Gartner, que apontou que 95% dos CEOs de varejo planejam aumentar investimentos em recursos digitais. E, para isso, é preciso contar com um diferencial.
O diferencial do live commerce é que, além de apresentar a mercadoria em uma transmissão em tempo real, oferece possibilidade de concluir a venda de maneira mais humanizada.
Outra vantagem tanto para o consumidor quanto para o lojista é com relação à forma de pagamento, que fica diretamente integrada à live.
Veja quatro razões pelas quais o live commerce deve se tornar tendência no Brasil ainda neste ano:
1. Interação com público-alvo
O crescimento do uso das redes sociais foi alavancado pela pandemia, que fez com que o ambiente digital fosse fundamental para as interações. No setor varejista, isso não é diferente.
A possibilidade de conversar, responder dúvidas, apresentar produtos e ampliar o alcance dos negócios é uma das vantagens do live commerce.
Por meio da interação, os clientes podem indicar o perfil para outros amigos e seguidores, expandindo a atuação do comércio e permitindo que o engajamento orgânico também amplie a presença da marca.
2. Conversões em tempo real
Por meio da integração com as APIs necessárias, o consumidor pode conhecer o produto que tem interesse em comprar, tirar dúvidas sobre o assunto e concluir a compra enquanto acompanha o anúncio de outras mercadorias, por exemplo.
A vantagem é um ganha-ganha para consumidores e lojistas, pois permite que todo o processo de compra, desde a busca pelo item até a conversão, ocorra de forma integralmente virtual e em tempo real.
3. Segurança para consumidor e varejista
Um dos grandes problemas relatados durante o crescimento das redes sociais foi com relação a golpes e ciberataques.
No entanto, o uso do live commerce é uma opção que garante a segurança do consumidor, que consegue “conhecer” o anunciante do produto na transmissão e também tem o respaldo do processo de compra por meios comprovadamente seguros.
Além disso, o varejista tem maior tranquilidade ao acompanhar e poder interagir diretamente com o consumidor via perfil que utiliza nas redes sociais, o que também leva segurança ao longo das etapas do processo de compra.
4. Reconhecimento de marca
Outra importante vantagem da modalidade é a ampliação do reconhecimento de marca, já que a estratégia ainda é pouco explorada no cenário brasileiro.
Isso faz com que o investimento nesse processo seja inovador, com grandes possibilidades de destaque no mercado, levando ao crescimento do negócio e posicionamento da marca como referência no modelo.
Às vezes, a transmissão ao vivo é uma técnica de vendas que se funde com o marketing de influenciadores.
Ele permite que os influenciadores mostrem como usam os produtos em situações da vida real.
As marcas também podem aproveitar a transmissão ao vivo para demonstrar todas as maneiras pelas quais seus produtos podem ser usados.
Sobre o Autor:
Raphael Mello é CEO da LTM, empresa integrante da holding Vertem.