BNDES destina mais de R$ 650 milhões para projetos de restauração ecológica desde 2023

Com foco na restauração ecológica e no combate ao desmatamento, banco público já destinou mais de R$ 650 milhões a projetos ambientais em diferentes biomas brasileiros desde 2023.

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Foto: Reprodução/ Freepik

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) destinou mais de R$ 650 milhões em recursos não reembolsáveis para ações de restauração ecológica desde 2023.

Os investimentos foram canalizados por meio de três programas principais: Floresta Viva, Restaura Amazônia e Florestas do Bem-Estar.

As iniciativas têm como objetivo a recuperação de biomas degradados, a conservação da biodiversidade e a promoção de emprego e renda em comunidades tradicionais, assentamentos rurais e territórios indígenas, com foco especial na região da Amazônia Legal.

Floresta Viva

O programa Floresta Viva, financiado com recursos do Fundo Socioambiental do BNDES, já aprovou R$ 231 milhões para oito editais. As ações envolvem a restauração de cerca de 15 mil hectares em diferentes ecossistemas brasileiros, incluindo manguezais, cerrado, pantanal, mata atlântica e caatinga.

Florestas do Bem-Estar

No âmbito do programa Florestas do Bem-Estar, um edital de R$ 23 milhões prevê a seleção de até dez projetos de restauração com espécies nativas em uma área estimada de 1,5 mil hectares. Os projetos devem ser implementados em diferentes estados que compõem a Amazônia Legal.

Restaura Amazônia

Com recursos do Fundo Amazônia e em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o programa Restaura Amazônia lançou nove editais desde dezembro de 2024, somando R$ 400 milhões. A proposta prevê restauração ecológica com impacto socioeconômico, como geração de empregos, e visa combater o desmatamento e promover a recuperação ambiental.

Os projetos contemplam diferentes tipos de territórios: três editais voltados a unidades de conservação, três para assentamentos da reforma agrária e três para terras indígenas.

As ações serão implementadas em áreas de preservação permanente, reservas legais, terras públicas não destinadas e propriedades de pequeno porte.

Contexto climático e institucional

A iniciativa se insere em um contexto global de agravamento da crise climática. De acordo com dados recentes, a temperatura média do planeta já ultrapassou 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais nos últimos 20 meses — marca que estava prevista apenas para 2030.

O aumento contínuo das emissões de gases de efeito estufa amplia os desafios ambientais no país e no mundo.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco pretende consolidar seu papel como agente de desenvolvimento sustentável.

Ele destacou que a restauração ambiental é uma das estratégias mais viáveis para conter os efeitos da mudança climática e reforçou o compromisso da instituição com o financiamento de ações voltadas à preservação ambiental.

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