Quem inova a saúde pública e transforma vidas merece um prêmio.
Esse é o lema do “Prêmio SBEB-Boston Scientific de Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS”, que chega à sua terceira edição incentivando o desenvolvimento de trabalhos que colaboram com o sistema público de saúde brasileiro.
Em função de o Brasil ser a sede do IX Congresso Latino-Americano de Engenharia Biomédica 2022, a Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica (SBEB) e a Boston Scientific decidiram criar para esta edição uma nova modalidade do prêmio, contemplando também iniciativas de outros países da região que pudessem ter impactos positivos para sistemas de saúde da América Latina.
Assim, além da categoria SUS, foi lançada a categoria América Latina.
Foram submetidos ao prêmio 192 projetos, sendo escolhidos como vencedores pelo Comitê Avaliador Independente seis deles: três para o SUS e três para a América Latina.
“Para alcançar o objetivo de submeter todos os trabalhos no mínimo duas avaliações, foram convidados avaliadores independentes do maior número possível de países da América Latina, resultando no aceite e participação efetiva de 62 avaliadores”, explica Murilo Contó, Head em Políticas de Saúde da Boston Scientific do Brasil.
Na categoria SUS, uma das soluções vencedoras é o “Sistema web para teste rápido de Covid-19 baseado em Random Forest e exames de sangue”, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, representada por Valter Augusto de Freitas Barbosa.
Também conquistou o prêmio o projeto “Aplicativo móvel para tratamento da incontinência urinária pós-prostatectomia radical”, da Universidade Federal de Minas Gerais, representado por Fabrícia Eduarda Baia Estevam.
Mais um projeto vencedor, o “Localizador de Veias de Baixo Custo”, da M3DIC, do Rio Grande do Norte, tem como representante Leandro Lopes de Azevedo.
Na categoria Latam, o “Sistema de Apoio à Decisão Clínica para o gerenciamento de leitos em UTI”, da Universidad Nacional del Nordeste, na Argentina, representado por Sofia Jaqueline Vallejos, está entre as vencedoras.
Assim como o projeto “Viabilidade do uso de inteligência artificial para triagem de pacientes com Covid-19 no Paraguai”, da Universidad Nacional de Asunción, representado por Pedro Esteban Galván Sosa.
Mais um vencedor, o “Projeto de tecnologia assistiva para ficar em pé”, voltado para facilitar a mobilidade de pacientes, especialmente os mais idosos, foi desenvolvido pela Universidad ECCI, da Colômbia, representada por María Eugenia Lambertinez Rivera.
“O Prêmio de Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS, ano após ano, vem crescendo e promovendo cada vez mais conexões entre os elos do ecossistema inovador em saúde formado por governo, academia, indústria e sociedade”, ressalta Contó.
Premiação
A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 8 de novembro com transmissão ao vivo, em estilo talk show, a partir da sede da Boston Scientific no Brasil, por meio dos canais da empresa no YouTube, Facebook e LinkedIn.
O evento contará com convidados presenciais, representando o Comitê de Avaliação, o Ministério da Saúde, o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Anvisa e diversos setores do ecossistema de inovação em saúde do país.
Haverá, ainda, uma palestra ao piano de João Carlos Martins sobre motivação e superação.
O maestro é um exemplo do quanto uma vida pode ser transformada por meio da engenharia biomédica.
Após anos sem poder executar toda sua capacidade musical ao piano por um problema que afetou suas mãos e dedos, voltou a performar peças que há muito não conseguia após receber uma solução chamada “luvas biônicas”.
O criador das luvas, Ubiratan Bizarro Costa, será convidado para o evento para receber das mãos do maestro um troféu “honoris causa”.
Quem sai ganhando é a saúde pública
O Prêmio de Inovação em Engenharia Biomédica para o SUS é promovido anualmente, tendo como organizadores a SBEB e a Boston Scientific e um Comitê de Avaliação Independente formado por técnicos especializados em Saúde Pública, Inovações em Saúde e Dispositivos Médicos, representando os principais órgãos gestores do SUS.
A premiação compreende basicamente três etapas, sendo a primeira correspondente à publicação do edital com o regulamento e a abertura do período de submissões dos trabalhos, seguido da etapa das avaliações pelo Comitê Independente, e finalmente a cerimônia/evento de premiação.
Os primeiros autores dos trabalhos vencedores recebem um troféu e certificado emitido pela SBEB, Boston Scientific e pela International Federation of Medicine and Biological Engineering – Federação Internacional de Engenharia Biomédica (IFMBE).
Segundo Contó, muitos projetos excelentes e com ótimo potencial para colaborar com o Sistema Público de Saúde participaram das edições anteriores, mas que, pelas regras pré-estabelecidas do concurso, acabaram não recebendo a premiação.
“Para esses trabalhos, a SBEB e a Boston Scientific irão produzir uma publicação para que eles também tenham a visibilidade necessária e possam ser implementados”, adianta o Head em Políticas de Saúde da Boston Scientific do Brasil.