Minneapolis (EUA) – 27 de agosto de 2025 – Duas crianças, de 8 e 10 anos, foram mortas e outras 17 pessoas ficaram feridas em um ataque a tiros na escola católica Annunciation, em Minneapolis, na manhã desta quarta-feira (27). O episódio ocorreu durante uma missa que marcava a volta às aulas.
O ataque
Segundo a polícia, o autor dos disparos foi identificado como Robin Westman, de 23 anos, morador da região metropolitana da cidade. Ele estava armado com um rifle, uma espingarda e uma pistola e disparou contra os fiéis através das janelas da igreja. Após a ação, voltou a arma contra si mesmo e morreu no local.
As autoridades informaram que Westman não possuía um histórico criminal extenso e agiu sozinho. A motivação ainda está sendo investigada.
Vítimas e estado de saúde
Entre os feridos, 14 são crianças. O hospital Hennepin Healthcare recebeu dez pacientes, dos quais sete chegaram em estado crítico. Quatro precisaram passar por cirurgia, informou o chefe da emergência, Dr. Thomas Wyatt.
Repercussão
O chefe de polícia Brian O’Hara classificou o ataque como “um ato de violência contra crianças e fiéis”. Já o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey, fez um apelo emocionado contra a banalização da violência armada.
“Não digam que isso é sobre ideologias ou religião agora – essas crianças estavam literalmente rezando”, disse.
O presidente Donald Trump declarou, em publicação no Truth Social, que “a Casa Branca continuará a monitorar essa situação terrível”.
Contexto
De acordo com o Gun Violence Archive, organização sem fins lucrativos que monitora tiroteios nos Estados Unidos, já foram registrados 286 ataques a tiros em massa em 2025. O termo é usado quando quatro ou mais pessoas são atingidas por disparos, sem contar o autor do ataque.
Vídeos publicados pelo suspeito
O serviço de verificação BBC Verify teve acesso a dois vídeos atribuídos ao atirador, postados horas antes do ataque em um canal do YouTube. Nas gravações, que já foram removidas, aparecem armas, munições e carregadores, além de mensagens racistas, antissemitas e uma nota defendendo o assassinato do presidente Donald Trump.
Também foram mostradas páginas manuscritas, que indicariam uma carta de despedida com menções à depressão e à intenção de cometer “um ato final”.
Fontes ligadas à investigação confirmaram que a mãe do suspeito, Mary Grace Westman, trabalhou como assistente administrativa na escola até agosto de 2021.
As autoridades seguem investigando a motivação do crime e eventuais ligações do atirador com grupos extremistas.