Resumo dos mercados (às 5h50):
• S&P 500 Futuro: 0,40%
• Stoxx 50: 0,18%
• Nikkei 225: 0,81%
• Shanghai Composite: 1,17%
• Treasury 10 anos: alta em 3,476%
• DXY: -0,17% a 102,55
• Minério de Ferro (Singapura): 5,13% a US$104,55
• Petróleo (Brent): 0,10% a US$74,24
Apesar da decepção com os dados de confiança do consumidor dos EUA na sexta e da falta de avanços nas negociações do teto da dívida, deflações na Alemanha e no Japão se somam ao clima de tomada de risco global, levando à segunda-feira positiva nos mercados, em semana cheia de dados de atividade, com os números chineses divulgados hoje à noite.
Juros operam de lado, apesar das perdas do dólar no mercado de moedas. Commodities operam em alta, com destaque para o minério, que salta mais de 5%.
Por aqui, a semana começa devagar, mas a agenda política deve ser o foco dos investidores, com o possível corte nos preços de combustíveis da Petrobras e a entrega do projeto do arcabouço fiscal, prevista para amanhã.
O Ibovespa deve se beneficiar do clima global positivo para bolsas e commodities.
Esses vetores também devem impulsionar o Real, com grandes chances de o dólar testar os R$4,90.
Nos juros, a sessão deve ser pautada pelas projeções do Focus, mas a dinâmica global sugere nova queda.
Ásia
O alívio na inflação japonesa e o clima global favorável a risco levou à alta das bolsas.
No Japão, o PPI subiu 0,2% em abr/23, acumulando 5,8% (exp 7,1% a/a) em 12 meses. Na China, o PBoC manteve as taxas de juros da MLF de 1 ano em 2,75% (exp 2,75%). Hoje, ata do RBA às 22h30 e produção industrial (abr/23) e vendas no varejo (abr/23) às 23h.
Europa
A deflação no atacado alemão e a alta nas projeções de crescimento da zona do Euro impulsionam as ações de varejo, levando à sessão positiva para as bolsa.
Na Alemanha, os preços no atacado caíram 0,4% em abr/23, acumulando -0,5% (exp -0,7% a/a) em 12 meses.
A Comissão Europeia elevou as projeções de crescimento de 0,9% para 1,1% (2023) e de 1,5% para 1,6% (2024). Pill (BoE) declarou que há trabalho adicional para trazer a inflação para baixo, apesar dos sinais de melhora no cenário.
Hoje, produção industrial da zona do Euro (mar/23) às 6h. Nagel (Buba) fala às 9h10.
EUA
Em dia recheado de falas de diretores do Fed, futuros se recuperam das perdas de sexta-feira, em meio ao clima global positivo.
Os preços de importações subiram 0,4% em abr/23, acumulando -4,8% (exp -4,8% a/a) em 12 meses.
A prévia da confiança do consumidor da Universidade de Michigan caiu de 63,5 para 57,7 pontos (exp 63,0) em mai/23, mínima em 6 meses, com a inflação esperada para os próximos 12 meses caindo de 4,6% para 4,5% (exp 4,4%) e para os próximos 5 anos subindo de 3,0% para 3,2% (exp 2,9%). Goolsbee (Fed Chicago, vota) afirmou que a inflação está muito alta, mas que está caindo, pelo menos, que o Fed deve ser dependente dos dados e que há um credit crunch iniciando.
Biden indicou Jefferson (FRB) para a Vice-presidência do Fed e Kugler (Banco mundial) para o seu lugar. Na agenda, índice Empire State (mai/23) às 9h30. Lilões de T-Bills (3 e 6 meses) às 12h30. Bostic (Fed Atlanta, não vota) fala às 8h30, às 15h e às 16h, Goolbee (Fed Chicago, vota) às 10h15, Kashkari (Fed Minneapolis, vota) às 10h15, Barkin (Fed Richmond, não vota) às 13h30 e Cook (FRB, vota) às 18h.
Brasil
Apoiado pelas altas das commodities, com destaque para Petrobras, que surfou o bom resultado, e pelas quedas nas taxas de juros longas, o mercado local descolou das perdas em NY, após alta nas expectativas de inflação na pesquisa da Universidade de Michigan, com o Ibovespa fechando aos 108.463 pontos (0,19%), mesmo com as quedas de JBS (prejuízo inesperado) e Light (recuperação judicial). Na semana, o Ibovespa subiu 3,15%.
Apesar da alta nas taxas curtas, após IPCA pressionando com abertura ruim, o bom humor com o mercado local levou a recuo das taxas de médio e longo prazo, com os vértices de jan/26 e jan/27 apagando todas as altas pós-eleição.
Na semana, a ponta curta subiu 10 pontos, enquanto os vértices mais longos subiram 20 pontos.
Em dia positivo para as moedas latino-americanas, que operaram na contramão das moedas globais, o Real teve nova alta, beneficiado pela alta das commodities, com o dólar fechando em R$4,92 (-0,27%). Na semana, o dólar caiu 0,41%.
Pressionado por alimentos e serviços, o IPCA subiu 0,61% (exp 0,55%) em abr/23, acumulando 4,17% em 12 meses, mínima desde nov/20.
Abertura negativa: média dos núcleos acelerou para 0,51% (6,58% a/a) e a difusão subiu para 66,0%, máxima em 4 meses.
Prates (Petrobras) afirmou que a cia deve decidir sobre o reajuste de alguns combustíveis na próxima semana. A Abramge afirmou que projeta um reajuste de 10% a 12% nos planos de saúde, válido entre mai/23 e abr/24, o que pode elevar o IPCA entre 0,37% e 0,45%.
Na agenda, relatório Focus (12/mai) às 8h25 e balança comercial (12/mai) às 15h. Agrogalaxy, Ambipar, Ânima, BB, BRF, ClearSale, Copasa, Cosan, Cruzeiro do Sul, Desktop, Dommo, Eneva, Espaçolaser, Gafisa, Hapvida, IRB, Itaúsa, Localiza, Lupatech, Marfrig, Mater Dei, Mills, Modalmais, MRV, Nubank, Oncoclínicas, Orizon, Rede d’Or, Sequoia, SIMPAR, SLC, Taurus e Vibra divulgam resultados após fechamento.