Resumo dos mercados (às 5h45):
• S&P 500 Futuro: -0,19%
• Stoxx 50: -0,27%
• Nikkei 225: -1,17%
• Shanghai Composite: -0,28%
• Treasury 10 anos: alta em 4,040%
• DXY: -0,02% em 103,11
• Minério de Ferro (Singapura): -1,91% a US$ 107,90
• Petróleo (Brent): 0,13% em US$ 76,56 o barril
Com o payroll no radar dos investidores, bolsas caem, em meio a dados decepcionantes da indústria alemã e a indigestão com os dados fortes de ontem (ADP e PMI de serviços), que mostraram um momentum positivo forte da atividade, com as taxas de juros zerando as perdas pós-SVB, consolidando o cenário de alta de juros do FOMC.
Juros operam com altas marginais, enquanto dólar recua levemente. Nas commodities, dia negativo, com minério de ferro e trigo caindo quase 2%.
Por aqui, em dia de agenda vazia, a reforma tributária foi aprovada em 1º turno, finalmente, com grande apoio na Câmara, o que deve gerar um certo alívio na abertura, mas a sessão será dominada pela reação de NY ao payroll.
A abertura deve ser levemente negativa para o Ibovespa e para o dólar.
Nos juros, as taxas devem abrir com viés de baixa.
Ásia
A disparada das taxas de juros globais, após ADP e PMI de serviços fortes, pesou nas bolsas, que fecharam no negativo. Na China, Yellen (Tesouro) chegou para uma agenda de 4 dias de reuniões para melhorar as relações China/EUA.
No Japão, consumo das famílias abaixo do consenso (exp 0,5%), recuando 1,1% (-4,0% a/a) em mai/23. No domingo, inflação da China (CPI e PPI) às 22h30.
Europa
A produção industrial alemã decepcionante e o momentum global negativo levam à queda dos índices, apesar da alta em setores ligados às commodities.
Na Alemanha, produção industrial pior que o esperado (exp 0,1%), recuando 0,2% (0,7% a/a) em mai/23.
No Reino Unido, os preços de imóveis, segundo a Halifax, caíram 0,1% em jun/23, somando -2,6% (exp -2,3% a/a) em 12 meses.
Na zona do Euro, vendas no varejo abaixo do consenso (exp 0,2%), ficando estável (-2,9% a/a) em mai/23. Nagel (Buba) disse que os juros seguirão restritivos por um longo período.
De Guindos (BCE) fala às 6h, Nagel (Buba) às 9h, Mann (BoE) às 11h30 e Lagarde (BCE) às 13h45.
EUA
Com as taxas de juros retornando aos níveis pré-SVB, a cautela com um payroll forte leva à queda dos futuros, que engatam a 3ª queda consecutiva.
Déficit comercial de $69,0 bi (exp -$69,0 bi) em mai/23, com exportações $247,1 (-3,2% a/a) e importações de $316,1 bi (-6,8% a/a). Em 12 meses, o déficit atingiu $1,09 (-4,2% do PIB). PMIs de serviços (jun/23): da ISM, saltou de 50,3 para 53,9 pontos (exp 51,2); da Markit, caiu de 54,9 para 54,4 pontos (prévia 54,1).
Segundo a ADP, o setor privado criou 497 mil (exp 225 mil) empregos em jun/23, acima da maior estimativa de mercado.
Os pedidos de seguro-desemprego subiram de 236 para 248 mil (exp 245 mil) na semana passada. Na agenda, payroll (jun/23) às 9h30.
Brasil
A disparada nas taxas de juros globais, após ADP surpreendente e PMIs de serviços fortes, e a falta de avanços nas negociações da reforma tributária na Câmara pesaram no mercado local, com o Ibovespa fechando em 117.425 pontos (-1,78%), com Petrobras e setor financeiro liderando as perdas.
A alta dos juros no exterior e a fala de Lula de que injetará dinheiro no Banco do Brasil e no BNDES levaram à alta na curva de DI futuro, com a curva subindo cerca de 3 pontos.
A aversão a risco global, em dia de força da moeda americana, pesou sobre o Real, com o dólar fechando em R$ 4,93 (1,64%).
Segundo a FGV, o preço de aluguéis caiu 0,5% em jun/23, mínima desde out/21, com a taxa em 12 meses caindo para 7,96%.
Por 382 a 118, a Câmara aprovou em 1º turno a Reforma Tributária. Hoje, IGP-DI (jun/23) às 8h e produção de veículos da Anfavea (jun/23) às 10h.