Os preços do petróleo apresentaram leve alta nesta quinta-feira, com os investidores avaliando a desvalorização do dólar americano, a possível elevação na produção da Opep+, além de dados econômicos mistos e as incertezas geradas pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
Os contratos futuros do petróleo Brent avançaram 0,7%, encerrando o dia cotados a US$ 66,55 por barril. Já o petróleo West Texas Intermediate (WTI), negociado nos Estados Unidos, subiu 0,8%, fechando em US$ 62,79.
Nos Estados Unidos, o número de solicitações para seguro-desemprego aumentou moderadamente na última semana, indicativo de um mercado de trabalho que permanece resiliente, apesar das dificuldades econômicas provocadas por tarifas sobre importações.
As empresas, por sua vez, têm aumentado seus preços e revisado suas previsões financeiras, impactadas por custos crescentes originados da guerra comercial impulsionada pela administração do ex-presidente Donald Trump, que desestabilizou as cadeias de suprimentos internacionais.
Em entrevistas recentes, autoridades do Federal Reserve declararam que não há pressa para alterar a política monetária, enquanto aguardam mais dados sobre o impacto das tarifas na economia. Analistas da consultoria Gelber and Associates ressaltaram que os mercados ainda tentam compreender as informações disponíveis, já que os dados sobre o emprego indicam um mercado de trabalho forte, ao mesmo tempo que o Fed adota uma postura cautelosa sugerindo que as taxas de desemprego podem ser influenciadas por tarifas.
O enfraquecimento do dólar nesta quinta-feira reflete, em parte, o desencanto dos investidores diante da falta de avanços concretos nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Uma moeda americana desvalorizada torna as commodities, como o petróleo, mais acessíveis para compradores que operam com outras divisas.