Nos últimos anos, o mercado de leilões imobiliários no Brasil passou por uma transformação significativa, impulsionada pela digitalização e por fatores econômicos.
Segundo levantamento da Abraim em parceria com a Leilão Imóveis, o número de leilões realizados em 2024 chegou a 275 mil, representando um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
A digitalização foi um dos principais fatores responsáveis por essa mudança. Ela tornou os leilões mais acessíveis, transparentes e seguros, permitindo que mais investidores e compradores participassem do mercado.
O cenário favorece tanto a aquisição de imóveis para moradia quanto para investimento, consolidando os leilões imobiliários como uma alternativa atraente no setor.
Crescimento no Número de Imóveis Leiloados
O aumento da inadimplência no financiamento imobiliário, agravado pelos efeitos da pandemia, contribuiu para o crescimento no número de imóveis disponíveis para leilão.
Em 2024, a Caixa Econômica Federal, que responde por cerca de 70% dos financiamentos imobiliários no país, colocou 47 mil imóveis em leilão, número mais de cinco vezes superior ao de 2022, quando foram leiloados apenas 9 mil imóveis.
Essa movimentação trouxe benefícios significativos para o mercado. A transparência e o acesso a informações detalhadas sobre os imóveis, como fotos, descrições e históricos de preço, se tornaram mais comuns.
Além disso, ferramentas de análise de dados e algoritmos estão sendo usadas para prever os preços de venda e identificar oportunidades de investimento, tornando o processo mais eficiente e confiável.
Desafios e Cuidados ao Participar de Leilões Imobiliários
Embora a digitalização tenha trazido avanços importantes para a segurança das transações, com sistemas de pagamento mais robustos e criptografia de dados, ainda existem riscos de golpes no setor.
Especialistas alertam para a importância de buscar apenas leiloeiros oficiais, devidamente registrados na Junta Comercial do Estado onde o leilão ocorre. Além disso, é fundamental realizar pagamentos exclusivamente em contas vinculadas ao nome do leiloeiro e ter cautela com sites que apresentem sinais de informalidade.
Plataformas como o portal Leilão Imóvel têm se destacado por reunir fontes verificadas, oferecendo uma alternativa segura para quem busca participar de leilões com confiança.
Transformação no Comportamento dos Investidores
A digitalização dos leilões imobiliários não se resume à conveniência de realizar tudo de forma online. Ela também tem transformado a forma como os investidores operam.
Hoje, é possível conduzir todo o processo de aquisição de um imóvel à distância – desde a análise jurídica até a arrematação e assinatura de escritura, sem a necessidade de visitas presenciais.
Essa mudança de comportamento reflete um amadurecimento do mercado, com investidores mais estratégicos e focados no longo prazo. A facilidade de operar online também torna os leilões uma via acessível para quem busca construir patrimônio de forma planejada e segura.
O Papel das Plataformas de Suporte
O ecossistema de investimentos imobiliários tem se expandido com a chegada de plataformas que oferecem suporte completo aos investidores.
Empresas como a Zipin, um hub de investimentos imobiliários, auxiliam os interessados com educação financeira, identificação de oportunidades e análise de dados, fornecendo ferramentas para decisões informadas e seguras.
O CEO da Zipin, Gustavo Amaral, destaca que a digitalização abriu portas para muitos investidores que antes não tinham acesso a esse mercado. A plataforma, segundo ele, busca fornecer os conhecimentos e as ferramentas necessárias para que os clientes tomem decisões bem-informadas, baseadas em dados e em análises aprofundadas.
O Futuro do Mercado de Leilões Imobiliários
O mercado de leilões imobiliários no Brasil parece estar em um caminho de expansão contínua. Especialistas acreditam que a tendência é que as plataformas se tornem cada vez mais sofisticadas, incorporando novas tecnologias como inteligência artificial, blockchain e realidade virtual, para aprimorar a experiência dos usuários e aumentar a segurança e a eficiência dos processos.
Essa mudança tecnológica representa uma verdadeira revolução na forma como o brasileiro investe e se relaciona com o mercado imobiliário.
De acordo com Gustavo Amaral, o que estamos vendo é o início de uma nova mentalidade no setor: mais estratégica, mais informada e menos dependente das formas tradicionais de compra.
Os leilões imobiliários, portanto, não são apenas uma tendência em busca de rentabilidade, mas uma nova forma de negócio que chegou para ficar, com a possibilidade de escalar de maneira consistente e previsível, atraindo cada vez mais investidores e movimentando bilhões de reais no setor.