Com a projeção de crescimento de até 5% do PIB do Agronegócio brasileiro em 2025, produtores rurais têm direcionado investimentos para o mercado imobiliário de alto padrão, buscando proteção patrimonial e rentabilidade.
O movimento ocorre especialmente em regiões litorâneas valorizadas, onde os índices de valorização superam a taxa básica de juros (Selic), garantindo maior segurança frente à inflação.
Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o crescimento do setor está sustentado pelo aumento da produção agrícola e pelo desempenho positivo das exportações.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de grãos deste ano alcance 299,8 milhões de toneladas, com destaque para soja, milho e trigo.
Mercado imobiliário em regiões litorâneas atrai produtores rurais
Em cidades como Itapema, em Santa Catarina, reconhecida entre as que apresentam maior valorização imobiliária no país, cresce o interesse de empresários do agronegócio por imóveis residenciais de luxo.
De acordo com informações de construtoras locais, até 70% da clientela atual é composta por esse perfil, que busca opções tanto para segunda moradia quanto para diversificação de investimentos.
Para acompanhar a sazonalidade financeira do setor agrícola, algumas empresas do segmento imobiliário têm desenvolvido planos de pagamento ajustados ao ciclo das safras, concentrando os valores nos períodos de maior disponibilidade de capital, em vez de parcelas mensais fixas.
Valorização e rentabilidade como motivadores
Especialistas destacam que, em localidades nobres próximas à praia, a valorização anual dos imóveis pode ultrapassar 20%. Isso torna o mercado imobiliário de alto luxo uma alternativa atraente para produtores rurais que desejam preservar e potencializar seu patrimônio.
A adaptação dos modelos de negócios para atender a esse público específico reflete a importância crescente do agronegócio na economia brasileira e sua influência em setores além do campo.