O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira em queda de 1,1%, mantendo-se pouco acima dos 132.000 pontos, em meio à crescente cautela dos investidores antes do prazo tarifário de 1º de agosto, imposto pelos Estados Unidos.
A retração reflete o aumento das tensões comerciais após o presidente norte-americano Donald Trump reiterar ameaças de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, alegando perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro e práticas comerciais “injustas” — ainda que os EUA mantenham um superávit nas trocas com o Brasil. O clima de incerteza se agravou com declarações hostis contra outras nações do bloco BRICS.
No cenário doméstico, o impasse entre o Executivo e o Congresso sobre a proposta de aumento do imposto sobre transações financeiras adicionou pressão sobre os mercados. A possibilidade de novas cargas tributárias preocupa investidores e o setor empresarial.
Entre os destaques negativos do dia, ações da Vale recuaram 1,1%, refletindo temores globais. No setor bancário, Bradesco caiu 1,1%, Itaú Unibanco perdeu 2,1%, e Banco do Brasil cedeu 1,3%.
Combinando fatores geopolíticos e instabilidade fiscal interna, o mercado se mantém volátil à medida que se aproxima o prazo crítico para a definição das tarifas dos EUA, o que pode redefinir o ambiente de comércio internacional para o Brasil.