O governo do Brasil anunciou que os Estados Unidos não participarão da segunda edição do evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, programado para ocorrer em 24 de setembro em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.
A conferência, organizada pelo Brasil em parceria com Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, reunirá líderes e representantes de aproximadamente 30 países. O objetivo é promover debates sobre defesa da democracia, combate ao extremismo, desinformação, discurso de ódio e desigualdade social.
Segundo fontes do governo Lula, a decisão de excluir os Estados Unidos se deve a divergências em relação ao papel desempenhado pelo país em temas de democracia e direitos humanos, sobretudo durante a gestão do presidente Donald Trump. No ano anterior, Washington havia sido convidado e enviado um representante do Departamento de Estado para a primeira edição do fórum.
Lula embarca neste domingo (21) para Nova York, onde abrirá os discursos da Assembleia Geral da ONU na terça-feira (23).
O evento “Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo”, que vai acontecer na próxima quarta-feira (24) pela manhã, visa articulação internacional em defesa da instituições e contra a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social.
Para especialistas, a exclusão de uma das maiores potências globais chama a atenção no cenário diplomático e pode ter repercussões na relação bilateral entre Brasília e Washington, em um momento em que o Brasil tenta reforçar sua imagem de liderança em defesa da democracia no cenário internacional.