O Banco Central anunciou nesta quinta-feira (5) mudanças em alguns métodos de pagamento no país, que entram em vigor ainda hoje. Entre as medidas, está a criação de um limite de R$ 15 mil para Pix e TED realizados por instituições financeiras que não estão autorizadas pelo BC a operar diretamente nesses sistemas.
Segundo especialistas, a alteração busca aumentar a segurança das transações e reduzir riscos de fraudes em pagamentos realizados por intermediários não autorizados.
Cenário do Pix e tendências no e-commerce
Um estudo recente da fintech global de pagamentos Nuvei, intitulado Guia de expansão global para mercados de alto crescimento, analisou o comportamento do Comércio eletrônico no Brasil. De acordo com o levantamento, as operações realizadas por Pix devem representar mais de 51% das transações no e-commerce até 2027.
Embora o uso do Pix continue relevante, o cartão de crédito também manterá sua participação significativa, respondendo por 27% das formas de pagamento no setor até o mesmo período.
Em 2024, o Pix foi responsável por 40% das transações online no país. Seu sucesso se deve principalmente à velocidade, praticidade e à ausência de taxas para os consumidores. No entanto, o estudo indica que, com o passar dos anos, sua participação tende a sofrer pequenas variações, à medida que outras alternativas de pagamento ganhem espaço.
Perspectiva de especialistas
Juan Soto, gerente geral da Nuvei para a América Latina, destaca que as mudanças do Banco Central podem impactar o cenário do Pix no país. Ele aponta que, embora a ferramenta continue relevante, ajustes regulatórios podem estimular a adoção de outras formas de pagamento, especialmente em operações de maior valor.
“É importante que empresas e consumidores estejam atentos às novas regras e considerem alternativas que combinem segurança, praticidade e custo-benefício”, afirma Soto.