Aviação brasileira deverá fechar 2024 transportando 145 milhões de passageiros

Se confirmado, número representará novo recorde, batendo os 142 milhões de passageiros registrados em 2019. E Goiás, no chamado segmento da aviação de negócios se destaca como segundo maior polo de manutenção aeronáutica, conforme última edição do Anuário Brasileiro de Aviação Civil

Aeroporto-com-passageiros - Marcelo-CamargoAgencia-Brasil

Com uma frota de 20.886 aeronaves, a aviação civil brasileira, que reúne a aviação comercial, aviação geral e a aviação experimental, deve fechar 2024 com 145 milhões de passageiros transportados, o que representaria a superação do recorde registrado em 2019, quando 142 milhões de pessoas voaram dentro do país ou em voos internacionais que partiram do Brasil.

O dado constante da mais recente edição do Relatório de Demanda e Oferta da Agência Nacional de Aviação Civil.

Englobando os segmentos da aviação executiva (aviões de uso particular), serviço de táxi aéreo, serviços aéreos especializados, agro aviação e escolas de aviação, a chamada aviação geral ou aviação de negócios é a que tem maior peso dentro da aviação civil brasileira.

O segmento responde por 68% de toda frota privada do país, o que inclui jatos, turboélices, aeronaves convencionais de pistão, helicópteros e drones. Também responde pela maior parte das operações de pousos e decolagens. Para se ter uma ideia, só em 2023, foram mais de 700 mil operações da aviação geral, contra 157 mil realizadas pela aviação comercial convencional, feita pelas grandes companhias aéreas. 

Goiás, segundo dados da 9ª e última edição do Anuário Brasileiro de Aviação Civil, divulgado em outubro de 2024 pelo Instituto Brasileiro de Aviação (IBA), é hoje o segundo maior polo de manutenção do Brasil. O estado possui 57 bases de organizações de manutenção (OMs), ficando atrás apenas de São Paulo, com 170 bases. De olho nessa vocação econômica de Goiás para a aviação, potencializada por sua posição geográfica privilegiada no centro do país, a cidade de Aparecida de Goiânia deve se tornar em breve um novo polo aeronáutico de negócios com a construção do Antares Polo Aeronáutico.

Aeroporto executivo

Com 209 hectares de área total e localização privilegiada no centro do Brasil, o polo aeronáutico privado está sendo implantado pelas empresas goianas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações.

O moderno aeroporto executivo é 100% privado e contará com terminal de passageiros e com toda infraestrutura completa para abrigar negócios de todos os segmentos da aviação geral como: manutenção aeronáutica, voos executivos e táxi aéreo. “Teremos condições de abrigar também indústrias de peças, hangaragem, serviços aéreos especializados, como transporte aeromédico (UTI aérea) estão no foco de atendimento do Antares em sua primeira fase”, explica Rodrigo Neiva, diretor comercial e sócio-empreendedor do polo privado. 

Mas ele ressalta que o Antares é um empreendimento com planejamento e perspectivas de curto, médio e longo prazo. “É um mega projeto que ao longo de dez, 20 e até 30 anos poderá se expandir e atender outros segmentos da aviação civil, como até mesmo a aviação comercial”, completa. 

Em sua primeira fase de construção, o Antares contará com área de embarque e desembarque, além de toda a infraestrutura necessária para a instalação de hangares e serviços ligados à aviação, o que inclui cabeamento em fibra óptica, pavimentação asfáltica de alta qualidade, redes de água, esgoto e elétrica. A poucos minutos da capital federal e a poucas horas de voo de regiões onde estão mais de 60% do PIB do País, o Sudeste e Sul, o Antares terá uma pista de pouso com extensão de dois  mil metros e a largura de 30m. 

“Além da infraestrutura moderna, um diferencial importantíssimo do Antares é sua localização no centro do país, e para o agro, o ponto estratégico onde estamos é ainda mais relevante, pois estamos no Centro-Oeste, hoje a região que abriga o maior produtor de grãos do País, o estado Mato Grosso, e fazemos divisa com a mais nova fronteira agrícola do país, que é a região do Matopiba”, saliente Rodrigo Neiva.

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