Métricas e dados tornaram-se peças-chave para análise de resultados e planejamento de ações de produtos, serviços, empresas, indústrias e até mesmo para melhorar o engajamento e o consumo na internet.
O cientista de dados é o profissional responsável por analisar grandes bancos de dados e extrair informações importantes para obter lucro para uma empresa ou indústria.
Para que se tenha ideia, diversas esferas de governo utilizam dados para avaliar ou implementar políticas públicas. Nesta semana, por exemplo, o Governo do Espírito Santo lançou o programa Cerco Inteligente – sistema de monitoramento contra crimes de trânsito, crimes ambientais, fiscais e de segurança pública.
A tecnologia e os dados emitidos pelos equipamentos – que trabalham de maneira integrada, entregando análise de dados, utilizando inteligência artificial com base em imagens, vídeos e ferramentas de investigação – será implantada pela empresa curitibana Velsis.
Ou seja, a área de atuação de um cientista de dados está em pleno crescimento e tem alto destaque no mercado. As remunerações ultrapassam R$ 9 mil, no Brasil, de acordo com o nível de habilidades do profissional, segundo o site de recrutamento americano Glassdoor.
Oportunidade – Acompanhando a tendência de crescimento da profissão, o Centro Europeu lança, no próximo mês de março, o primeiro curso online de Cientista de Dados.
O curso desenvolverá habilidades como coleta de big datas não-estruturados e extração de informações de valor; resolução de problemas complexos de negócios usando técnicas de análise de dados; atuação com uma variedade de linguagens de programação; implementação de técnicas analíticas como machine learning, deep learning e análise de texto.
A área de atuação para o cientista de dados é ampla e vai desde o mercado financeiro, até empresas de logística e distribuição, empresas de tecnologia, agência de publicidade e propaganda, indústrias de médio e grande porte, software houses, squads remotos de tecnologia on demand e startups, por exemplo.
De acordo com a coordenadora do curso e CEO Condor Connect, Kauana Yrina, o principal diferencial da formação oferecida pelo Centro Europeu é desenvolver profissionais capazes de avaliar quais são as informações importantes.
“Nós não queremos um programador, mas um profissional de mercado que entenda o que vai fazer com esse dado, independente da área onde ele atua”, afirmou.
Segundo ela, o profissional que atua como cientista de dados é cada vez mais requisitado, devido ao aquecimento do mercado.
“Todas as empresas grandes querem ter um bom profissional, cientista de dados, para contratar e faltam pessoas preparadas para isso”.
As aulas não são especificamente para programadores, mas exigem um conhecimento básico em programação. A formação é ideal para engenheiros, advogados, estatísticos e jornalistas que já possuem habilidade analítica.
O também coordenador do curso e gerente de Projetos de Extensão da UFPR e professor de programação, Dornelles Vissotto, esclarece que o curso é multidisciplinar e que o projeto de conclusão será realizado com empresas parceiras e cases reais.
“Todas as ferramentas utilizadas no curso são gratuitas, de programação ‘escondida’, pouco complexas e o aluno sai pronto para atuar no mercado de trabalho, com o conjunto de habilidades necessárias para aplicar as informações”, afirma Vissotto.
O Centro Europeu oferece aulas com profissionais atuantes no mercado de trabalho, que trabalham com ciência de dados no dia a dia, network profissional e relacionamento para o mercado de trabalho, desenvolvimento de projetos em cases reais, entre eles a consultora em desenvolvimento, counseling e cultura organizacional, Cleila Lyra; Roberto Zagonel, sócio do escritório Zagonel e professor de direito penal e gerente de produtos na Celepar e especialista em análise de dados, com mais de 25 anos de experiência, Manoel Leal.