Em coletiva de imprensa realizada na Sala Oval da Casa Branca, o presidente Donald Trump confirmou que autorizou operações encobertas da CIA (Central Intelligence Agency) na Venezuela. A revelação ocorre após reportagem do The New York Times segundo a qual a Casa Branca havia aprovado uma diretriz clandestina para intensificar pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.
Durante o encontro com jornalistas, Trump afirmou que a medida foi motivada por duas razões principais: ele disse que a Venezuela “esvaziou suas prisões e enviou pessoas aos Estados Unidos” e que há um fluxo significativo de drogas entrando no país a partir da Venezuela por via marítima.
Questionado sobre a possibilidade de operações terrestres na Venezuela, o presidente disse que “está se considerando o uso da terra, porque temos o mar sob controle”. Ele evitou confirmar se a autorização da CIA incluía uma missão contra o presidente Maduro, considerando a pergunta “ridícula de responder”.
A admissão pública de ações secretas é considerada incomum e marca uma escalada na retórica dos Estados Unidos sobre o país vizinho.
A reportagem do The New York Times foi citada por agências internacionais como fonte inicial da revelação.
Contexto
A Casa Branca já havia realizado ataques a embarcações suspeitas de contrabando, destruindo pelo menos cinco barcos entre setembro e outubro de 2025, resultando em 27 mortes. O governo da Venezuela condenou publicamente o anúncio, classificando as operações como uma violação da Carta das Nações Unidas e uma agressão contra a soberania nacional. No Congresso dos EUA, há preocupação com a legalidade das operações e o fato de não haver esclarecimento ao público ou supervisão legislativa clara