O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), tornou-se o meio de pagamento favorito dos brasileiros. De acordo com levantamento mais recente da instituição, 76,4% da população utiliza o recurso no dia a dia, enquanto o cartão de crédito é utilizado por 69,1% dos consumidores.
Com a popularidade do sistema, o BC anunciou a chegada do Pix parcelado, que deve estar disponível a partir de setembro. A nova modalidade permitirá que consumidores comprem produtos ou serviços em lojas físicas ou virtuais e paguem em parcelas, enquanto o lojista receberá o valor integral da venda à vista.
Funcionamento da nova modalidade
O modelo funcionará de forma semelhante ao cartão de crédito. O banco adiantará o valor ao comerciante e ficará responsável por cobrar as parcelas do cliente. A cobrança de juros e sua porcentagem ficarão a critério de cada instituição financeira.
Antes dessa atualização, algumas instituições já ofereciam uma versão limitada do recurso, mas atrelada ao cartão de crédito. Com a mudança, as operações passam a ser independentes, o que pode facilitar o uso, mas também aumentar os riscos de perda de controle sobre os gastos.
Potenciais benefícios e riscos
Especialistas em finanças afirmam que o Pix parcelado pode ser uma alternativa útil para consumidores com limites reduzidos ou comprometidos, especialmente em situações emergenciais. No entanto, alertam para o risco de endividamento, já que o recurso envolverá taxas como juros e IOF, ainda que em níveis mais baixos que os do cartão de crédito.
O uso frequente sem planejamento pode levar a um ciclo de dívidas de difícil controle. Por isso, recomenda-se cautela e acompanhamento rigoroso das finanças pessoais. O recurso deve ser utilizado apenas quando houver a certeza de que será possível arcar com os pagamentos futuros.
Impacto para lojistas
Para comerciantes, a novidade pode representar um aumento nas vendas e maior competitividade no mercado, já que oferece mais opções de pagamento aos clientes.
Especialistas ressaltam, contudo, que o consumidor precisa estar atento para que a praticidade não se transforme em um problema financeiro. A criação de uma reserva de emergência e o planejamento orçamentário são vistos como medidas essenciais para o uso consciente da nova ferramenta.