Após queda de 2,1% em dezembro, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,4% em janeiro, na comparação com o mês anterior. É o que mostrou a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada hoje pelo IBGE. Na comparação com janeiro de 2018, o setor cresceu 1,9%, impulsionado, principalmente pelo grupo de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, responsável por 1,1 ponto percentual na composição do indicador.
Já o índice móvel trimestral do comércio varejista fechou janeiro com alta de 0,5%, resultado superior à estabilidade do período encerrado em dezembro. O acumulado nos últimos 12 meses também mostrou resultados positivos, com crescimento de 2,2% na comparação com o período anterior.
“O comércio varejista voltou a crescer com resultado positivo em praticamente todas as atividades. Isso mostra um aumento de ritmo no varejo, uma melhora. Tanto que a média móvel passa de 0% para 0,5% no trimestre fechado em janeiro”, analisou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
Ela explicou que “somente uma atividade mostrou recuo, que é o de artigos farmacêuticos (-0,5%), uma acomodação após três meses de crescimento em que o grupo acumulou alta de 3,5%. Já os principais impactos foram de outros artigos de uso pessoal e doméstico (7,2%) e supermercados (1,1%)”.
“Todas as atividades mostraram uma reversão em relação a dezembro, com exceção de combustíveis (0,5%) e livros (0,2%), que mantiveram o crescimento. Isso se deu por razões diferentes. Os combustíveis estão associados às quedas no preço nos últimos dois meses, enquanto os livros estão ligados a uma sazonalidade relacionada ao período de natal e de volta às aulas”, complementou.
Varejo ampliado também cresce em janeiro
O comércio varejista ampliado também começou 2019 em crescimento, com alta de 1% em janeiro frente a dezembro. A taxa indica melhora em relação ao resultado do mês anterior, que foi de -1,7%. Na comparação com janeiro de 2018, o desempenho também foi positivo: aumento de 3,5% no volume de vendas, sendo o grupo de veículos e motos, partes e peças responsável por 1,9 ponto percentual deste índice. Essa foi 21ª taxa positiva consecutiva nesta comparação.
“O crescimento de veículos foi o principal impacto, com alta de 5,7% após dois meses de recuo, no qual acumularam perda de 5,8%. Em relação a janeiro do ano passado, também há crescimento pelo sexto mês consecutivo, mas, nos últimos 12 meses, observa-se uma estabilidade. Ou seja, a tendência permanece de estabilidade”, explicou Isabella.
Já índice móvel trimestral do comércio varejista ampliado fechou janeiro com alta de 0,2%, uma evolução em relação ao resultado de dezembro, que foi de -0,3%. No entanto, o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 5% até dezembro para 4,7% até janeiro, apontou redução no ritmo de vendas.
“Regionalmente, houve também um predomínio de taxas positivas no comércio varejista. A maior parte, 17 das 27 unidades da federação, acompanhou o resultado positivo frente a dezembro do índice nacional, mas na comparação com janeiro de 2018, apenas 13 unidades federativas cresceram”, destacou Isabella.
“Mesmo voltando ao crescimento, é importante ressaltar que o volume de vendas ainda está 6,6% abaixo do pico da série, que ocorreu em outubro de 2014”, encerrou a gerente da pesquisa.
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