O Brasil acordou na manhã desta segunda-feira (9) perplexo e estarrecidos pela tamanha destruição e barbárie que aconteceu na noite do último domingo (8) na sede dos Poderes Executivos.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores agradece e registra as inúmeras manifestações de apoio e solidariedade da comunidade internacional, pelos mais diversos canais, diante da violência golpista registrada na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Ele afirma ainda que a posse do então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi diante de uma festa democrática que contou com a presença expressiva de mais de 60 delegações internacionais de alto nível e representou um reconhecimento à solidez das instituições democráticas brasileiras.
“Desde ontem tem sido unânime e contundente o repúdio de países e organismos internacionais aos atos de terrorismo e vandalismo que chocaram o Brasil e o mundo. O Estado brasileiro e suas instituições democráticas saberão, mais uma vez, dar respostas à altura da gravidade dos crimes cometidos. O Governo brasileiro e o Itamaraty seguirão, com determinação, defendendo e atuando de acordo com os preceitos da Constituição de 1988, sob a qual o País registra o mais longo período de convivência democrática em sua história republicana. Os inaceitáveis atos que atacaram os símbolos máximos da República Federativa do Brasil, destruindo parte das sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Repudiamos todos os atos violentos que agridem os valores mais profundos da República, pilares da organização de nossa sociedade democrática.
Outras organizações também se pronunciam
Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical)
A Associação dos Diplomatas Brasileiros (ADB/Sindical) repudia com veemência e afirma que esses atos inaceitáveis comprometeram gravemente a manutenção da ordem pública, além de representar um vil ataque à democracia brasileira e que a depredação das sedes das instituições na capital do País, que há 35 anos está inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO, sendo sua conservação para as gerações atuais e futuras é um dever de toda a humanidade.
Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que possui mais de meio de século de existência, integrante da institucionalidade do País, enxerga as agressões ao patrimônio público nacional e a violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito tamanha perplexidade institucional e exige firme reação do Estado.
Fundação Dom Cabral
Em nota, a Fundação Dom Cabral diz que despreza todos os atos violentos que agridem os valores mais profundos da República, pilares da organização de sociedade democrática. “Como membros de uma comunidade educacional dedicada ao aprendizado, à pesquisa e ao conhecimento, baseados na pluralidade e diversidade de pessoas e ideias, acreditamos na paz, na justiça e no diálogo para
encontrar os caminhos do desenvolvimento sustentável e inclusivo da sociedade.”
Associação Brasileira de Franchising
Associação Brasileira de Franchising declara inaceitáveis as cenas de agressões às instituições e ao patrimônio público nacional.
“Como entidade organizada da sociedade civil, acredita que a democracia é a única forma legítima de representação e participação do povo, de garantir as relações entre o setor público e privado, bem como os interesses dos cidadãos. A violência perpetrada contra os Três Poderes, pilares do Estado Democrático de Direito, não pode ser confundida com manifestação, é crime e deve ser tratada como tal. Qualquer iniciativa que vise desestabilizar a ordem e contrariar as garantias legítimas previstas na Constituição Federal vai contra os interesses do povo brasileiro e devem ser evitadas e repreendidas com todo rigor da lei,” conclui.