O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que as forças norte-americanas realizaram um ataque contra um navio que havia partido da Venezuela e transportava drogas pelo sul do Caribe.
Segundo Trump, a operação deixou 11 mortos e teve como alvo uma embarcação operada pela gangue Tren de Aragua, classificada por Washington como uma organização narcoterrorista.
O anúncio foi feito horas após declarações do secretário de Estado, Marco Rubio, que descreveu a operação como um “ataque letal”. Em sua conta no Truth Social, Trump afirmou:
“O ataque ocorreu em águas internacionais, enquanto os terroristas transportavam narcóticos ilegais em direção aos Estados Unidos. Nenhum soldado americano foi ferido nesta ação. Que isso sirva de aviso a qualquer um que pense em trazer drogas para os EUA.”
Contexto
- Nas últimas semanas, os EUA reforçaram sua presença no Caribe com cerca de 4.500 soldados, navios de guerra e aviões de vigilância.
- O governo norte-americano afirma que a Venezuela se tornou um importante centro de trânsito da cocaína.
- Trump voltou a destacar que irá usar “todo o poder da América” para combater cartéis e grupos criminosos “onde quer que estejam”.
Reação da Venezuela
O presidente Nicolás Maduro reagiu ao ataque ordenando o envio de tropas à costa venezuelana e à fronteira com a Colômbia, além de convocar civis para integrarem milícias de defesa. Em coletiva, disse:
“O presidente Donald Trump precisa entender que a política de mudança de regime fracassou. Não podem impor uma situação à Venezuela.”
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, declarou que o país está pronto para enfrentar “qualquer ataque” dos EUA.
Repercussão internacional
- A presidente do México, Claudia Sheinbaum, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, manifestaram preocupação de que a escalada militar possa agravar tensões regionais.
- Nos EUA, aliados de Trump, como o ex-conselheiro de segurança nacional Michael Flynn, apoiaram a medida. Flynn chegou a publicar: “Vamos tornar a Venezuela grande novamente, capturando esses líderes terroristas e libertando o povo do regime de Maduro.”