O processo de digitalização das empresas brasileiras continua em expansão, mas ainda de forma desigual. O índice de maturidade digital das organizações subiu de 3,3 para 3,7 pontos em 2024, segundo levantamento da PwC. Apesar disso, apenas 22% das companhias conseguem utilizar dados de maneira estratégica, de acordo com a Beanalytic.
Esse contraste ajuda a definir as prioridades de inovação para 2026. Em um ambiente empresarial marcado por tendências tecnológicas que surgem e desaparecem rapidamente — de ferramentas de inteligência artificial pouco aplicadas a sistemas redundantes — o diferencial competitivo deixa de ser o lançamento de novidades e passa a ser o uso tático de soluções capazes de gerar impacto real e resultados consistentes.
Custo, suporte e segurança seguem como principais barreiras
Entre os principais desafios está o acesso a tecnologias avançadas com custo viável, suporte técnico adequado e segurança integrada. Esses requisitos se tornam ainda mais críticos no ambiente corporativo e hoje influenciam o padrão de adoção tecnológica no mercado.
Para Frederico Passos, CEO da Unentel, o empreendedorismo atual exige mais do que seguir tendências. “Inovar por inovar não gera valor. Não basta aderir à onda da inteligência artificial ou da digitalização; é necessário aplicar essas ferramentas para melhorar a eficiência, fortalecer a longevidade do negócio e aprimorar a experiência dos clientes”, afirma.
Cultura organizacional é decisiva para o sucesso da inovação
O avanço tecnológico, entretanto, depende diretamente da cultura interna das empresas. Treinamento de equipes, processos bem definidos e governança de dados são considerados pilares essenciais para que investimentos em Tecnologia gerem retorno. Sem essas bases, ferramentas avançadas podem se tornar despesas improdutivas, fragmentar processos e aumentar riscos operacionais.
Essa perspectiva se conecta a um cenário em que empresas brasileiras buscam elevar a produtividade e se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo. “O empreendedor que constrói para durar é aquele que entende a inovação como um meio, não como um fim”, conclui Passos.






















