Projeto de endereçamento digital chega ao Vidigal e beneficia 30 mil moradores
A comunidade do Vidigal, na zona sul do Rio de Janeiro, passou a contar com endereços digitais por meio da Tecnologia Plus Codes, do Google Maps.
A iniciativa foi conduzida pela startup de logística naPorta, com apoio da Associação de Moradores do Vidigal e da organização Favela Inc, beneficiando diretamente cerca de 30 mil moradores.
O projeto visa facilitar o acesso da população local a serviços essenciais, como entregas de mercadorias, atendimento médico emergencial e serviços públicos, promovendo maior inclusão e acessibilidade. Com a conclusão dessa etapa, o Vidigal se une a outras oito comunidades cariocas que já receberam os Plus Codes em 2025.
Tecnologia aplicada e expansão do mapeamento
Desde janeiro, a naPorta mapeou mais de 11 mil residências em comunidades do Rio de Janeiro, abrangendo cerca de 40 mil pessoas. Com o Vidigal, o número total de lares com endereçamento digital na cidade chega a 18 mil.
A naPorta foi responsável pela coleta de dados, treinamento de mapeadores e instalação de placas com os códigos gerados pela tecnologia do Google. Cada residência recebeu um código específico, que funciona como uma localização precisa e compartilhável por meio do Google Maps.
Ferramenta de inclusão
Os Plus Codes são uma tecnologia aberta e gratuita, desenvolvida pelo Google, que gera códigos alfanuméricos curtos baseados em coordenadas de latitude e longitude.
Esses códigos funcionam como uma alternativa aos endereços tradicionais, especialmente em locais onde não há nomes de ruas ou numeração organizada.
Com os códigos, moradores das favelas cariocas podem acessar serviços que exigem endereço — como entregas, emergências e navegação por GPS —, o que representa um avanço em termos de visibilidade e cidadania.
“O objetivo é que essa tecnologia seja expandida para outras regiões do Brasil”, afirmou Wilson Rodrigues, gerente de parcerias do Google Maps para América Latina. “Queremos contribuir para a inclusão das pessoas que vivem em favelas.”