O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC), completou cinco anos neste mês consolidado como uma das principais formas de transferência e quitação de contas no país. Entretanto, o aumento expressivo de usuários também vem acompanhado de um alerta: o crescimento significativo dos ataques cibernéticos envolvendo instituições financeiras.
Número de incidentes supera total do ano anterior
De acordo com relatório divulgado pelo BC, entre 2024 e 2025 foram registrados 127 incidentes relevantes de segurança. Somente entre janeiro e outubro deste ano, ocorreram 62 ataques, número que supera todo o ano anterior, quando foram contabilizados 59 casos. Os dados reforçam a necessidade de aprimoramento contínuo dos mecanismos de proteção.
Evolução do Pix e novos desafios de segurança
Especialistas apontam que, embora o Pix tenha promovido agilidade e inclusão financeira, a expansão acelerada exige atenção redobrada às tentativas de fraude. Para analisar o cenário atual, o consultor Rafael Garcia, Partner Success Advisor da FICO, destaca que a popularização do sistema é acompanhada por novas estratégias de golpe, que exploram desde engenharia social até vulnerabilidades tecnológicas.
Orientações para prevenção de fraudes
Garcia também aponta que a prevenção passa por investimentos em monitoramento, educação financeira e conscientização dos usuários. Entre as recomendações mais comuns estão:
- Conferir detalhes das transações antes da confirmação;
- Evitar o compartilhamento de dados pessoais;
- Desconfiar de contatos inesperados solicitando pagamentos via Pix.
Como funciona o Mecanismo Especial de Devolução
O especialista destaca ainda o papel do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central para permitir que instituições financeiras bloqueiem e devolvam valores em casos comprovados de fraude ou golpe. O recurso contribui para a proteção dos consumidores, mas não substitui a necessidade de cautela por parte dos usuários.



















